quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

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JS distribui o jornal FOLHA TRABALHISTA na Esquina Democrática

Ontem, dia 28/01, a Juventude Socialista-PDT de Porto Alegre distribuiu na Esquina Democrática o jornal Folha Trabalhista do mês de janeiro.
Estavam presentes no ato os militantes Fábio Melo, Guilherme Holtz e a presidente da JSPDT Porto Alegre, Natashe Inhaquite.







À LUTA JUVENTUDE!!!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

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JS-PDT: 30 anos de história




Everton Gomes e Wendel Pinheiro



A história da Juventude Socialista do PDT remonta às lutas tomadas pela Ala Moça e, mais tarde, pela Mocidade Trabalhista no PTB pré-golpe de 1964. 
A Ala Moça, fundada em 1945 na cidade de Porto Alegre-RS, sob a liderança de Leonel Brizola como o seu primeiro presidente, teve forte influência dos ideais de Alberto Pasqualini. Este novo agrupamento propunha a ser o espaço de atuação política dos jovens varguistas que não tinham espaços nem no PCB, com sua linha marxista-leninista, e nem na UDN - inicialmente, aglutinando todas as vertentes antigetulistas, do espectro liberal-conservador até a Esquerda Democrática (ED). 


Brizola com Getúlio na campanha de Ernesto Dornelles, 1950
                                  

Com o seu crescimento e ramificação em vários núcleos espalhados pelo país, mais tarde foi refundada a Ala Moça, na V Convenção Nacional do PTB em 03 de outubro de 1952, em Petrópolis-RJ. Porém, ela teria uma nova nomenclatura: Mocidade Trabalhista. Seu primeiro presidente foi Feliciano Araújo. A atuação dos jovens trabalhistas no PTB pré-golpe teve maior ênfase na ação político-partidária e nas eleições que a legenda petebista participava. Isto não significava, porém, que existissem quadros que atuassem nas entidades estudantis, como a UNE/UBES e demais Centros Acadêmicos e Grêmios Estudantis. Da Ala Moça e da Mocidade Trabalhista saíram quadros de grande relevância como Leonel Brizola, Fernando Ferrari, Sereno Chaise, Ney Ortiz Borges, Matheus Schmidt, Pedro Simon e Danilo Groff, além de Vânia Bambirra, Herbert de Souza (Betinho) e Daniel Aarão Reis. Alguns quadros da Mocidade Trabalhista inclusive atuaram na UNE durante do início até meados da década de 1960, e também na Juventude Universitária Católica (JUC) e na Juventude Estudantil Católica (JEC) - que mais tarde, em 1962/1963, se tornariam a Ação Popular (AP), que rivalizaria ou comporia com o PCB na direção da UNE e da UBES.


Ney Ortiz Borges



Fernando Ferrari


Sereno Chaise


Com o advento do Golpe Civil-Militar de 1964 e do Ato Institucional n° 2 (AI-2), os partidos são extintos. O PTB não existiria mais, junto com a Mocidade Trabalhista. Com o recrudescimento do Regime Militar, o movimento estudantil tornou-se o centro da oposição à ordem vigente. A partir da edição do AI-5 em dezembro de 1968, com o fechamento total do regime, parcela considerável do movimento estudantil parte para a luta armada, como forma de resistência aos arbítrios cometidos pelo governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974).
O processo de redemocratização se inicia a partir das consecutivas vitórias da oposição nas eleições de 1974 e 1978. Tentando esvaziá-la, o governo de Ernesto Geisel (1974-1979) e de João Figueiredo (1979-1985) promovem uma distensão "gradual e lenta" do Regime Militar, com a lei da anistia aos exilados e presos políticos. Após a perda da sigla do PTB, Leonel Brizola funda o PDT em 26 de maio de 1980. Já se encontrava em gestão a fundação de uma juventude nesta nova legenda trabalhista. Inclusive, a Carta de Lisboa, em meados de junho de 1979, fazia uma grande referência à participação política dos jovens com a reorganização da UNE e estaria, dentre as suas pautas políticas, uma atenção maior aos jovens. Já na recepção de Leonel Brizola em São Borja, em 07 de setembro de 1979, já se aspirava à formação de uma juventude que, a partir de um slogan numa das faixas, propunha: "Juventude Trabalhista, Popular e Socialista". Em 15 de fevereiro de 1981, os jovens social-democratas, trabalhistas, socialistas e comunistas se reuniram no Colégio João Lyra Filho, na cidade do Rio de Janeiro. No I Encontro Nacional, estes jovens fundaram a primeira organização juvenil partidária do período de redemocratização no Brasil, que inicialmente se chamou de Juventude Trabalhista do Partido Democrático Trabalhista (JT-PDT). O primeiro presidente da JT foi Anacleto Julião, filho do legendário líder das Ligas Camponesas na década de 1960, Francisco Julião. 
O Trabalhismo Brasileiro, herdeiro de Vargas, Jango e Brizola, é a expressão doutrinária que estes jovens adotaram, pois ali também nascia o PDT - o partido que concebia, a partir de sua fundação, o trabalhismo como o caminho brasileiro para o socialismo.
O anseio desta nova organização era a construção de um país mais igual e democrático. Sua inspiração se dava com a luta antiimperialista e com as bandeiras do nacionalismo democrático-popular e do socialismo. A JT foi a primeira organização juvenil partidária no Brasil no período de redemocratização.
A Juventude Trabalhista, posteriormente assumiu o nome de Juventude Trabalhista e Socialista (JTS) em seu II Congresso Nacional. Mais tarde, após o advento da Carta de Mendes, e com a perspectiva de um horizonte socialista - a partir de uma leitura de análise do trabalhismo sob a ótica marxista -, a JTS, no seu III Congresso Nacional, em fevereiro de 1985, se transforma em Juventude Socialista do Partido Democrático Trabalhista (JS-PDT).
Passados 30 anos, esta organização vive! Sua história é marcada pela luta em prol do povo brasileiro e pelo socialismo. Poucas são as organizações que conseguem chegar tão longe no tempo com o vigor e fôlego iniciais. De longe, a JS é o movimento de cooperação mais orgânico do PDT, confundindo-se com a própria história de avanços, refluxos e conquistas do Partido. Atuando nas bases do movimento estudantil, comunitário e, agora, intensificando seus esforços no movimento sindical, a JS se constitui até hoje, na prática, numa verdadeira escola de formação de lideranças, quadros teóricos e de militantes da agremiação pedetista, baseado nos princípios nacionalistas, trabalhistas e socialistas, levando o legado e a luta das principais lideranças do trabalhismo brasileiro: de Vargas, Pasqualini, Jango, Brizola, Prestes e Darcy. Presente em quase todos os estados, com congressos estaduais e nacionais regulares, desde a sua fundação em 1981, a Juventude Socialista sempre foi o celeiro de grandes quadros qualificados do PDT e da História do Brasil Contemporâneo.
Hoje, além de atuar no Movimento Estudantil, com a presença de quadros estudantis trabalhistas na UNE, nas UEE's, DCE's, Centros Acadêmicos (CA's) e entidades estudantis secundaristas, a JS ocupa o cenário nacional, formulando as ações e políticas públicas para a juventude. Igualmente, a JS atua internacionalmente na IUSY (União Internacional da Juventude Socialista), da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD) e da COPAL, baseando-se nos princípios de cooperação e solidariedade com os países latino-americanos, africanos e asiáticos e na defesa da autodeterminação dos povos - em especial, na defesa dos interesses dos países periféricos contra os promovidos pelos países centrais e pelas potências imperialistas.
A Juventude, em suas lutas, tem contemplado seus princípios na construção de uma sociedade mais justa, incluindo os jovens - em especial os oriundos da classe trabalhadora, na promoção de demandas e de oportunidades; por um amplo e irrestrito acesso à educação pública, gratuita e de qualidade e ao trabalho digno, sob a inspiração do trabalhismo, além do acesso gratuito à cultura e ao lazer. Demandas que, independente das transformações políticas, sócio-econômicas e culturais, permanecem vivas e intactas como a agenda permanente da juventude brasileira. Este é um pedaço da nossa historia, aqui poderíamos citar as participações ativa na campanha das Diretas, campanha de 89, o "Fora Collor", na defesa contra as privatizações do governo FHC. 
Nossa historia é de luta e assim continuaremos dando seqüência na nossa trajetória!


E nosso grito de guerra é esse: 
É pra lutar é pra vencer é Juventude Socialista PDT!
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A Bolívia de Evo: indigenismo e marxismo contemporâneo*

Bolivia


A Bolívia frequentava as piores listas entre os países do continente: entre os mais pobres, junto com Honduras e Haiti; entre os de maior instabilidade institucional, com cifras aterradas de golpes ao longo de toda sua vida política.
Não é sem desassombro que a América Latina assiste à terceira posse consecutiva de Evo Morales no país, que governará pelo menos até 2020, constituindo-se no presidente de mais longo mandato em democracia na Bolívia. Venceu, de novo, no primeiro turno, desta vez com 200 mil votos a mais do que em 2009, derrotando velhos líderes políticos da direita boliviana.
Desta vez, além de tudo venceu eu Santa Cruz de la Sierra e em Pando, territórios por excelência da direita boliviana, desde onde chegaram a reivindicar o separatismo da região antes chamada de meia lua. E teve maioria absoluta no Congresso.
Quem acompanha de perto o processo boliviano desde mesmo antes da primeira eleição de Evo Morales, em dezembro de 2005, não tem por que se surpreender. Sua eleição era a resultante de um longo processo de acumulação de forças, desde a guerra da água, em 2000, – para evitar que uma empresa francesa privatizasse as fontes de agua do pais –, passando pela guerra do gás, em 2002, até chegar ao processo eleitoral de 2005.
Evo teve a sabedoria de chamar para ser seu candidato a vice a Alvaro Garcia Linera, que já despontava como o mais importante intelectual latino-americano. Entre suas obras teóricas notáveis, Linera teve uma em que fazia a crítica do economismo da esquerda tradicional, que desconhecia as raízes indígenas da maioria da população boliviana, buscando reduzi-la, por seu trabalho com a terra, a camponeses.
Linera retomava a tradição de Mariategui, reatualizando o indigenismo e retomando-o dentro de um marxismo contemporâneo. Esse casamento perfeito foi um dos fatores de sucesso de Evo, já na campanha eleitoral, mas essencialmente ao longo dos seus mandatos como presidente.
Como diz o próprio Evo, a direita estava preparada para que ele fracassasse e, em prazo curto, que não conseguisse responder aos desafios da complexa realidade boliviana, que havia feito com que houvessem desfilado pela presidência do país cinco presidentes em cinco anos, de 2000 a 2005. Hasta que os movimentos indígenas e populares em geral resolveram disputar a hegemonia na sociedade – em vez de outros, que ficaram prisioneiros da "autonomia dos movimentos sociais" e se esvaziaram.
De forma similar à trajetória dos movimentos populares equatorianos, se constituiu na Bolívia um partido apoiado nos movimentos sociais – o MAS, Movimento ao Socialismo –, que lançou a dupla Evo-Alvaro e venceu as eleições de dezembro de 2005, com maioria de votos, no primeiro turno.
A plataforma deles se centrava na refundação do Estado para incorporar as comunidades indígenas em um Estado Plurinacional, a nacionalização dos recursos naturais básicos da economia boliviana – gás e petróleo – e a reforma agrária. Passando por várias circunstâncias, entre as quais as tentativas de golpe separatista de estados da região ocidental do país, se pode dizer que o governo de Evo Morales cumpriu rigorosamente com suas promessas, respondeu aos desafios e avançou de forma notável, constituindo-se num dos casos mais notáveis de sucesso dos governos pós-neoliberais na América Latina.
A situação social do país teve, pela primeira vez na sua história, melhorias extraordinárias, a economia segue expandindo-se a ritmos acelerados, apesar da recessão mundial, o Estado incorpora as comunidades indígenas e a toda uma nova geração de dirigentes de origem indígena, o país avança para a exploração de novos recursos, industrializados, que apontam para um futuro muito distinto do que foi tradicionalmente o da Bolívia.
A Bolívia de Evo é uma prova mais de como, quando o povo se une, encontra líderes que saibam conduzi-lo e aponta caminhos de superação do neoliberalismo e de todas as formas de mercantilização e de exploração ilimitada dos trabalhadores, quando reencontra seu destino nacional e os processos de integração latino-americana, triunfa e avança, como faz esse querido e até aqui tão sofrido povo latino-americano.

* ARTIGO PUBLICADO EM: http://www.diarioliberdade.org/america-latina/institucional/53928-a-bol%C3%ADvia-de-evo-indigenismo-e-marxismo-contempor%C3%A2neo.html
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A grande empulhação dos colunistas econômicos*




Por Marco Piva

Grande parte dos colunistas de economia da imprensa comercial brasileira, autodenominada “grande imprensa”, comete uma fraude contra os cidadãos que acompanham as notícias no dia a dia. Eles têm uma verdadeira obsessão quando tratam de assuntos da sua área: a obsessão de acreditar que falam ou escrevem sem ideologia nenhuma, que seus comentários são isentos, práticos e objetivos, e que só mesmo a cegueira política não é capaz de enxergá-los como grandes pensadores críticos do país. Ora, ter uma visão ideológica e não assumi-la é a pior forma de cinismo e de empulhação. Essa gente não fez nem TCC no ensino médio para saber que qualquer coisa que se diga, se fala desde um lugar, desde uma teoria de interpretação sobre a realidade que se vê. E acreditar nos pilares do liberalismo sem freio, na aposta que a mão invisível do mercado pode tudo, forma um conceito tão atrasado quanto aquela regra do futebol que permitia ao goleiro segurar a bola com a mão por quanto tempo quisesse.
Pois bem. Um dos esportes prediletos desses colunistas de uma só forma de ver a economia é criticar os governos ditos bolivarianos como a Venezuela, o Equador, a Bolívia e a Argentina, não faltando tremendos esforços para incluir o Brasil na lista. A tese vale para todos: são governos gastões, populistas, anti-iniciativa privada, inimigos dos Estados Unidos e por aí vai. Dizem os guardiões do pensamento do mercado que a situação nesses países vai de mal a pior por obra e culpa dos governantes de plantão, casualmente todos eles de esquerda.
Previsões para a América Latina
Não é que as previsões para os demais países latino-americanos também não são nada animadoras para 2015? Vamos pegar o exemplo de nações governadas pela direita para que a análise não seja entorpecida. O México terá um de seus piores anos. Indústrias norte-americanas instaladas em território mexicano estão demitindo e fechando suas portas. As chamadas “fábricas maquiladoras”, eixo central da integração do Nafta, estão indo se instalar em outras freguesias. O petróleo, principal receita do país, está com a produção em baixa e preços achatados no mercado internacional. Como entrou de sócio menor no acordo comercial com Estados Unidos e Canadá, os mexicanos correm o risco de voltar a níveis produtivos anteriores a 1980. O PIB deste ano está previsto para 1,0%. A pobreza e a violência só crescem.
A Colômbia, outra menina dos olhos dos colunistas econômicos brasileiros, teve forte queda de produção e mal ultrapassou o 1% do PIB em 2014. As previsões para esse ano são ainda mais sombrias. Aberto desde sempre ao capital estrangeiro especulativo, o país começa a assistir a saída desses capitais numa escala sem precedente. Pesa ainda a desvantagem de não ter muito para onde correr, já que a produção agrícola do país depende de commodities, cujos preços estão em baixa no mercado internacional, sem falar do problema da violência política, ainda sem solução definitiva.
O Peru, depois de três anos seguidos de crescimento, viu uma marcha à ré em 2014. Sua principal riqueza, as jazidas de minério, perdeu espaço para novos centros de produção na África e Ásia. Sem uma indústria forte, pouco terá a oferecer para garantir emprego e renda aos seus cidadãos.
Vamos colocar o Chile no rol dos países mais abertos economicamente, embora tenha um governo de inspiração esquerdista moderada. O cobre, de longe a grande cartada do país, está com preços em queda. Os investimentos externos estão caindo para os piores níveis da história e, o que é pior, iniciam um movimento de fuga, o que levou a presidente Michelle Bachelet a decretar apressadamente uma nova lei de “inversiones extranjeras”, mais liberal e sem grandes contrapartidas como a anterior.

Banco Mundial
Nesse cenário, o Banco Mundial destaca que a América Latina cresceu 1,0% em 2014, a média mais baixa dos últimos 12 anos. A projeção de crescimento do PIB é de 2,4% para este ano, um verdadeiro risco para a continuidade dos programas sociais que diminuíram em 24% a pobreza no continente. Nenhum país latino-americano ou caribenho crescerá vigorosamente, com a única exceção da Bolívia, que ainda colhe os frutos da nacionalização do setor de gás e energia. Então, onde está escrito que os únicos países que estão em difícil situação econômica são aqueles cujos governos tem ideias de esquerda? Em qual manual ficou provado que a melhor maneira de levar a economia de uma nação é abrindo todos os flancos para o investimento estrangeiro e para a total privatização dos setores estratégicos? Quem disse que desenvolvimento não combina com justiça social?
Sem dúvida, falta muito para que famosos colunistas econômicos tenham a humildade de reconhecer que, sim, falam em nome de uma ideologia a qual devotam crença inabalável e que prestam um desserviço aos consumidores de notícia quando emitem opiniões baseados em só um lado da moeda. A América Latina vive uma crise econômica que é resultado da queda brutal das commodities de matérias primas, do rearranjo do poder econômico mundial baseado na financeirização dos ativos, da precarização de seu parque industrial, da histórica falta de investimento em inovação e tecnologia e do profundo ódio que os donos locais do dinheiro nutrem contra qualquer coisa que sinalize uma pequena mudança em seu status quo.
Por isso, debater a regulação econômica da mídia é mais do que necessário; é urgente, é “pra ontem”. Somente assim poderemos almejar uma sociedade com mais pluralismo e mais democracia, com cidadãos que poderão olhar criticamente uma notícia sob variados pontos de vista e não apenas a partir da “verdade única” dos colunistas, desses endeusadores do oráculo do mercado.

domingo, 25 de janeiro de 2015

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JS-PDT distribui o jornal FOLHA TRABALHISTA na Redenção

Hoje, dia 25/01, a Juventude Socialista/PDT Porto Alegre esteve na Redenção distribuindo o jornal Folha Trabalhista.









JUNTOS VAMOS MUDAR A POLÍTICA!!!



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

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Juventude Socialista participa de homenagem a Leonel Brizola

Hoje, dia 22 de janeiro, a Juventude Socialista PDT-Porto Alegre participou da homenagem feita ao líder trabalhista Leonel Brizola, na estátua localizada ao lado do Palácio Piratini. 
Estiveram presentes no ato, o presidente estadual do PDT e deputado federal eleito Pompeu de Mattos, o Secretário da Educação Vieira da Cunha e o senador eleito Laiser Martins








Fotos: Jorge Curtis



"A propriedade privada é tão boa que a queremos para todos"
Leonel Brizola


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

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Presidente da JSPDTPOA se reúne com o vereador Delegado Cleiton

Compas, hoje estivemos reunidos com o Delegado Cleiton para discutir as ocupações de Porto Alegre e o veto do nosso prefeito ao PL que torna algumas ocupações Áreas Especiais de Interesse Social, que diminui o valor imobiliário e garante a posse das terras às ocupações. O delegado relatou que apenas 10% das habitações populares não foram repassadas ou vendidas, ou seja, 90% das casas populares dadas pela prefeitura foram VENDIDAS pelas famílias que receberam o benefício. Há uma necessidade urgente de um maior controle do poder público sobre essas habitações. Mesmo assim, o delegado se colocou a favor do projeto e disse que vai ir pra cima pra derrubar o veto do prefeito e fazer com que a posse dessas áreas sejam conduzidas da melhor forma.
Adelante!
Att,
Natashe Inhaquite
Presidente JSPDTPOA


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CALENDÁRIO DE FORMAÇÃO POLÍTICA



A Juventude Socialista/PDT de Porto Alegre elaborou um calendário de formações políticas para o primeiro semestre de 2015.
Confiram!

MARÇO: 

Dia 08 - Cuba: educação e revolução
Palestrante: Luciano Silveira Vargas. 
Local: ALERGS

Dia 21 - O que é Estado? Palestrante: Jucelino Rosa dos Santos. Local: ALERGS

ABRIL:

Dia 04 - Reforma Agrária e Reforma Urbana
Palestrante: Jucelino Rosa dos Santos. 
Local: ALERGS.

MAIO:

Dia 02 - "Drogas": legalize já? 
Palestrante: a confirmar. 
Local: Praça Oliveira Rolim, Sarandi. 

JUNHO:

Dia 06 - Feminismo. 
Palestrante: a confirmar. 
Local: sede do PDT.

JULHO:

Dia 04 - Reforma Política. 
Palestrante:  a confirmar. 
Local: Redenção. 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

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Trabalhismo e marxismo na teoria do PDT com Edmundo Moniz*



Nascido na Bahia, Edmundo Moniz é um dos maiores intelectuais brasileiros e esteve muito próximo de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro. Foi o elo de ligação entre o nacionalismo e o marxismo. A propósito, outro intelectual marxista e nacionalista que esteve muito próximo de Leonel Brizola foi o gaúcho Paulo Schilling, que se encarregou de projetar a reforma agrária contra o latifúndio, no governo de Leonel Brizola no Rio Grande do Sul.
O grande destaque na história do trabalhismo foi um livro notável de Edmundo Moniz, escrito em 1987, prefaciado pelo historiador marxista Nelson Werneck Sodré. Nesse livro Leonel Brizola é caracterizado como um representante trabalhista de esquerda que aglutinou no PDT “os líderes mais conceituados do antigo Partido Socialista, de uma facção que apoiava Trotsky na luta contra Stálin e de vários dirigentes do PCB como resultante do afastamento de Luís Carlos Prestes”.
O que merece ser observado é que ao contrário da leitura feita pela sociologia da USP sobre Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, Edmundo Moniz achava que o PDT deveria ser o partido dos “antigos e atuais partidários de Trotsky”, visando uma revolução social com a “ascensão do proletariado ao poder”.
Historiador da Revolta de Canudos, Edmundo Moniz enfatizou que esta sublevação foi decorrente da ausência de Reforma Agrária. Então, Antônio Conselheiro pode ser visto como um batalhador da Reforma Agrária.
Edmundo Moniz não deixou de reconhecer a abordagem brilhante feita por Darcy Ribeiro em sua Antropologia das Civilizações. Citemos suas palvras: “Darcy Ribeiro é um dos poucos escritores brasileiros que tratam das leis do desenvolvimento desigual e combinado”. Essa lei foi formulada por Lenin e Trotsky baseando-se em Karl Marx, referindo-se ao fato que a sociedade capitalista desenvolve-se de maneira heterogênea e apresenta várias etapas históricas que se combinam entre si. Isso significa que o processo histórico capitalista transcorre de modo contraditório e desigual, com países atrasados e adiantados, aglutinando diferentes etapas do desenvolvimento. Até mesmo dentro do país se observa esta lei, por exemplo: Piauí e São Paulo ou Ipanema e Realengo.
Edmundo Moniz deveria ser lido por todo militante do PDT, sem falar da atual direção que é alérgica à letra de forma. E partido político sem uma teoria de partido político está condenado a ser uma corriola burocrática. Vejamos o que afirmou Edmundo Moniz: “o Partido Democrático Trabalhista, liderado por Leonel Brizola, tem as condições essenciais para tornar-se a grande vanguarda do povo brasileiro”.



domingo, 18 de janeiro de 2015

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Juventude se reúne para organizar atividades de janeiro/fevereiro

Sobre a reunião da JSPDTPOA:

Primeiramente gostaria de parabenizar o envolvimento e interesse daqueles que participaram da reunião em fazer da nossa JS ainda mais forte.
Das pautas que discutimos, encaminhamos e deliberamos:

- Comunicação: 
Montamos um GT para rediscutir toda a comunicação da nossa juventude em redes sociais, blogs, radios, páginas, entre outros espaços. 
GT: JonathanNatasheBrunoFábioGuilhermeLuis.

- Secretaria de Educação:
Iremos reunir com o nosso secretário da educação para deixar o nosso apoio e entregar uma carta de propostas que consideramos importantes para a gestão da secretaria. Algumas das prioridades é a discussão da Escola de Tempo Integral e UERGS;
Nesta reunião também convidaremos o Secretário Vieira da Cunha para discutir a Escola de Tempo Integral que queremos dentro do PDT.

- Atividades Janeiro/Fevereiro:
21.01 - Distribuição da nossa Folha Trabalhista na Esquina Democrática a partir das 18h;

25.01 - Distribuição da nossa Folha Trabalhista na redenção a partir das 10h.;

7 e 8 de fevereiro - VERÃO COM VIDA;
Informações: http://jspdtrs.blogspot.com.br/…/01/verao-com-vida-2015.html
27 e 28 de fevereiro - Homenagem ao Mujica no URUGUAI
Por enquanto o carro do Luis Henrique tá lotado, se tiver mais gente interessada em ir podemos organizar outro carro.
Viva o trabalhismo de esquerda!
Att,
Natashe Inhaquite
Presidente JSPDTPOA
(51) 81970380


domingo, 11 de janeiro de 2015

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FOLHA TRABALHISTA - janeiro de 2015





#DemocratizacaoDaMidiaJa

Guilherme Holtz*

"Não reconheço a Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos que dominou o nosso país". - Leonel Brizola, 1994 - Trecho do Direito de Resposta no Jornal Nacional.

Leonel Brizola, líder, idealizador e fundador do PDT ao qual com muito orgulho milito, sofreu diversas agressões por parte do Grupo Globo no período em que foi governador do Rio de Janeiro (83/87 e 91/94). Em 92, foi agredido de maneira intolerável sendo acusado de senilidade e de "declínio de saúde mental". Foi solicitado direito de resposta ao qual a Globo negou. Travou-se então uma batalha judicial pelo direito de resposta por dois anos, sendo julgado favorável a Brizola pelo STJ. Em 15 de março de 94, Cid Moreira a época ancora do Jornal Nacional, leu a resposta de Brizola em rede nacional em horário nobre!
Sou favorável à democratização da mídia, entre outros motivos, para que "Brizolas" diariamente agredidos pela opinião pública, não necessitem entrar na justiça e esperar dois anos por direito de resposta. Com a democratização da mídia o direito de resposta pode não necessitar de judicialização, passando a ser direito garantido das partes ofendidas e seu direito de resposta ser veiculado o mais rápido possível. Isso representaria um dos ápices da liberdade de expressão em nosso estado democrático de direito, justiça social e principalmente o protagonismo da sociedade nos meios de comunicação.

*Militante da Juventude Socialista - PDT - POA.


É PRECISO ACABAR COM OS OLIGOPÓLIOS MIDIÁTICOS 

Fábio Melo*

Os principais noticiários do Brasil destacaram nesta semana o ataque à sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo. Os jornais do chamado “horário nobre”, como o Jornal Nacional da Globo, aproveitaram a oportunidade para destacar o papel da liberdade de imprensa. Mas quando os jornais da Globo e das demais redes de televisão brasileira falam em liberdade de imprensa estão MENTINDO, pois no Brasil ainda não há uma efetiva liberdade de imprensa; não houve até agora uma verdadeira democratização da mídia. Isso porque, ainda existe o oligopólio midiático (Globo, SBT, Band, Record), que passa para seus telespectadores a ideia de liberdade de imprensa como manutenção de seu controle, privilégios e manipulação de informações. Somente com o fim deste oligopólio que o Brasil vai ter sua verdadeira liberdade de imprensa.
É bem verdade, que a mídia não se restringe a TV. Nos dias atuais, a internet vem desempenhando um papel cada vez mais importante no que diz respeito ao acesso a informações. Mas é preciso ir mais além. A TV ainda tem uma grande influência na sociedade. 
Pense na seguinte situação. Imagine que você e mais alguns amigos tem uma grande ideia, e desejam transformar essa ideia em um programa de televisão com apoio do pessoal de sua rua ou bairro. Batem na porta da TV local e sabe o que vão ouvir? Vão ouvir que para ter um horário na grade de programação vocês precisam de uma grande quantia em dinheiro. E para conseguir esse dinheiro vocês terão que correr atrás de patrocínio. Ou seja, o que rege a mídia no Brasil são as leis do mercado. Quem tem mais dinheiro tem mais espaço. Isso não é nada democrático! 
É preciso pensar em uma grande reforma que possibilite a democratização completa da mídia e o fim dos oligopólios, que dominam nossas TVs desde a época da ditadura (1964-1985).

*Historiador e militante da esquerda trabalhista da Juventude Socialista de Porto Alegre.





segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

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Há 21 anos o Exército Zapatista reivindicou os direitos indígenas*



O EZLN nasceu em 1983, quando foi criado o primeiro acampamento guerrilheiro na Selva Lacandona, em Chiapas.



No México, há 21 anos os direitos dos indígenas e dos camponeses foram defendidos mediante armas e palavras pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), que corajosamente enfrentaram um Estado mexicano repressivo e ditador, que ignorava as necessidades das minorias étnicas. Realidade que hoje não mudou de todo.
Para demandar democracia, liberdade, justiça e melhorias para os povos indígenas e camponeses de Chiapas e todo o México, há 21 anos, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) fez sua primeira aparição pública em 1° de janeiro de 1994.
Seu objetivo era claro: repudiar o sistema político neoliberal mexicano com suas promessas de modernização, que mantinha apática a comunidade indígena e camponesa, assim como estabelecer uma democracia participativa.
O EZLN exigia a reivindicação de propriedade sobre as terras tiradas das comunidades indígenas, uma melhor divisão da riqueza e a participação das diferentes etnias tanto na organização de seu estado (Chiapas) como do país.
Mas, talvez, as palavras do Subcomandante Marcos resumam melhor o objetivo deste grupo insurgente: "A tomada do poder? Não, apenas algo mais difícil: um novo mundo", expressou em um comunicado em 2 de fevereiro de 1994.
Ainda que a EZLN tenha feito sua aparição pública em 1° de janeiro de 1994, na realidade, nasceu em 1983, quando foi criado o primeiro acampamento guerrilheiro na Selva Lacandona, em Chiapas. Seu nome é em homenagem ao herói e figura da Revolução Mexicana, Emiliano Zapata.
A primeira luta armada do EZLN, 1994
No dia de sua primeira aparição pública, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) surpreendeu o México e o mundo inteiro com uma insurreição armada imprevista no estado de Chiapas (sudeste), que passou para a história como o Levante Zapatista.
Um grupo de indígenas armados ocuparam sete cabeças municipais de Chiapas: San Cristóbal de Las Casas, Altamirano, Las Margaritas y Ocosingo, Oxchuc, Huixtán e Chanal.
A batalha foi implacável. A ocupação dos diversos municípios foi respondida com o envio de tropas federais, cujo número e brutal arremetida fez com que o objetivo dos zapatistas não se cumprisse em sua totalidade e tiveram que se retirar para a selva.
Os combates, que duraram 12 dias, ocasionaram dezenas de mortos, a grande maioria zapatistas. No entanto, a batalha serviu para que se abrisse um processo de diálogo sobre as reivindicações da insurgência, que reclamava o direito à terra, habitação, educação, saúde e emprego.
Em 16 de fevereiro, iniciam as primeiras conversas entre o EZLN e o governo federal, que terminaram com a assinatura, em 1996, dos acordos de San Andrés sobre o "Direito e Cultura Indígena", que comprometiam o Estado a reconhecer os povos indígenas constitucionalmente e que estes gozariam de autonomia. Até a data, os acordos não haviam sido cumpridos pelo Estado mexicano.
Os diálogos também deram origem à fundação do Congresso Nacional Indígena (CNI), em outubro de 1996.
Declaração da Selva Lacandona, 1994
No dia de sua aparição pública, o EZLN também pronunciou a Primeira Declaração da Selva Lacandona, onde informaram as causas de seu levante: exigiam terra, trabalho, teto, alimentação, saúde, educação, liberdade, independência, democracia, justiça e paz.
Masaacre de Acteal, 1997
Apesar da disposição do Exército Zapatista em dialogar e entregar as armas, o Estado mexicano nunca deixou de assediá-los. Prova disto foi o massacre em 1997 da comunidade de Acteal, da etnia Tzotzil, em Chiapas, por parte de paramilitares militantes do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que assassinaram 45 pessoas e três por nascer.
Os funcionários dos governos local e federal acusados pelo EZLN e pelas organizações civis de propiciar o massacre, jamais foram julgados.
Marcha da Cor da Terra, 2001
A Marcha da Cor da Terra, realizada em dezembro de 2001, liderada pelo Exército Zapatista, é recordada como uma mobilização sem precedentes na história do México.
"37 dias caminhamos. 6000 quilômetros. Nesse caminho passamos por 13 estados da república mexicana e, depois, entramos na terra que cresce para cima, a Cidade do México", assim a descreveu o Subcomandante Marcos.
Um milhão de pessoas deram as boas vindas aos zapatistas em sua chagada à Cidade do México, entre eles o escritor José Saramago; a ativista francesa, Danielle Miterrand; o porta-voz da organização internacional Via Campesina, José Bové; assim como outras personalidades.
2001 também foi o ano em que todos os partidos políticos do México aprovaram, por unanimidade, uma reforma constitucional que desconheceu os Acordos de San Andrés, tornando assim oficial o desconhecimento dos direitos e cultura indígena.
Nada voltaria a ser igual desde a aprovação dessa fatídica reforma. Para o Exército Zapatista, a autonomia e a autogestão seriam o passo seguinte.
Criação de Los Caracoles e das Juntas de Bom Governo, 2003
Após a traição do governo ao não cumprir os Acordos de San Andrés, o EZLN decidiu exercê-la unilateralmente mediante a criação, em 2003, de Los Caracoles e das Juntas de Bom Governo, que reforçara o princípio do "mandar obedecendo".
Desde sua criação, foram formados professores e médicos zapatistas e se construíram escolas e clínicas. Além disso, se desenvolveu um sistema de justiça que congrega tanto zapatistas como outros membros da sociedade por ser mais eficaz que o institucional.
"A Outra Campanha": uma luta própria, 2006
Em 2006, durante as eleições presidenciais do México, os zapatistas embarcaram em uma viagem de seis meses por 32 estados, uma iniciativa chamada "A Outra Campanha". O propósito era dizer aos partidos políticos que para construir um novo país não era necessário apoiar seus candidatos, mas que empreenderiam uma luta própria.
A intenção d' "A outra Campanha" era escutar o povo mexicano que queria uma sociedade democrática e acabar com o capitalismo e o racismo.
Nas eleições presidenciais de 2006, foi vencedor o candidato do direitista Partido Ação Nacional, Felipe Calderón Hinojosa, lembrado por militarizar a guerra contra narcotraficantes e gerar uma onda de violência que assola o México te hoje.
O Subcomandante Marcos "desaparece" da cena pública, 2014
Na madrugada de 25 de maio de 2014, o Subcomandante Marcos, lendário líder do Exército Zapatista, anunciou seu "desaparecimento". O anuncio foi feito do Caracol de La Realidad, sede do governo autônomo zapatista, nas profundezas da Selva Lacandona. Seu substituto seria o Subcomandante Moisés.
A intenção era que as mídias focassem mais sua atenção na EZLN e não no Subcomandante Marcos, cujas poéticas palavras tiveram forte repercussão no mundo, sobretudo na imprensa nacional e internacional.
Marcos não foi um de seus fundadores, mas sua chegada ao grupo foi nove meses depois da criação do mesmo. Seu verdadeiro nome era Rafael Sebastián Guillén Vicente e era um professor de comunicação da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM), antes de encabeçar o EZLN.
Com a saída de Marcos, o EZLN começou a transformar-se e, hoje, continua vigente. Sua luta pelos direitos dos indígenas e camponeses não cessou. Mostra disto é seu apoio aos jovens normalistas desaparecidos de Ayotzinapa.
Apesar da invisibilidade dos meios de comunicação, o lendário Exército Zapatista de Libertação Nacional continua mudando a história do México a 21 anos de sua primeira aparição pública.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=OZ6MHrucXZQ
Fonte: http://www.telesurtv.net/telesuragenda/Ejercito-Zapatista-20141225-0008.html
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB).