sexta-feira, 30 de maio de 2014

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Guerrilha do Caparaó

O primeiro movimento guerrilheiro que tentou derrubar pelas armas a ditadura civil-militar, instalada em 1964, foi o de Caparaó, na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo.
Organizado pelo Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) e sob a inspiração de Leonel Brizola, a guerrilha acabou sendo derrotada após uma grande operação militar na área em 1967.

Abaixo segue o link para o documentário "Caparaó" de Flávio Frederico. 

https://www.youtube.com/watch?v=qGlbHfG8aGA

Vale a pena assistir!






quinta-feira, 1 de maio de 2014

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Dia do trabalhador, dia do trabalhismo.




O dia do trabalhador (1º de Maio) jamais deveria passar em branco sem que pudéssemos refletir suas causas, consequências e, principalmente, naqueles que mais contribuíram quanto a legitimidade das causas trabalhistas. Diante destas figuras, ressalta-se a política de um personagem inquieto, silencioso e sagaz o suficiente para transformar o contexto político brasileiro da década de 30 num modelo nacionalista capaz de fomentar a economia interna e a indústria contra a espoliação internacional. Me refiro a “esfinge dos pampas”, ao “pai dos pobres” – para os mais íntimos, “Dr. Getúlio” –, ao ex-presidente Getúlio Dornelles Vargas.

Não cabe aqui o registro somente porque estamos próximos da estréia de um filme (“Getúlio”, de João Jardim) que estava por vir há algum tempo, nem em razão de estarmos diante do sexagésimo aniversário de seu suicídio no dia 24 de agosto. Mas meramente pela homenagem devida ao meu bisavô que, embora polêmico na sua trajetória, foi protagonista de tantas conquistas aos humildes. Aquele que estende sua carteira de trabalho ao alto, talvez não tenha mais a consciência do quanto esta representou ao avanço das garantias e direitos do trabalhador à época. Dentre elas, a redução da jornada de trabalho, salário mínimo, férias remuneradas, entre outros, percebidos com a criação da consolidação das leis trabalhistas, que mesmo após 70 anos de surgimento, ainda espelham grande avanço em termos de cidadania e de dignidade da pessoa humana.

O projeto de justiça social iniciado com a revolução de 1930 e inacabado em 1964, deve(ria) ao menos permear a cabeça do povo e impulsionar a pressão social no cumprimento das reformas de base que há 50 anos poderiam estar implementadas. Essa reflexão nos une por uma maior consciência política não só em ano eleitoral, mas – como deve ser – diariamente. Que o exemplo de vida de Getúlio não seja em vão e fique só nos livros de história, mas que consiga influenciar o desencadeamento de transformações sociais num novo ciclo desenvolvimentista.

O escravo do povo – que hoje não é mais escravo de ninguém – deixou sua marca para a sociedade. Deu um tiro no coração, acima de vaidades pessoais, a fim de evitar a desestabilização política do Brasil e a instauração do que viria a ser um golpe militar, realizado em 64. São homens desse calibre que merecem o nosso respeito, admiração e esta singela homenagem, pelo sacrifício à pátria livre. Para a família, o orgulho eterno, como também o sofrimento que transcende gerações pela incompreensão, tristeza e perda de um homem a ser seguido.

Jonathan Vargas
Bisneto do Getúlio Vargas
Vice-presidente JSPDTPOA