Venho observado nos últimos anos uma aceitação expressiva quando se trata da legalização da maconha deixando a cargo da rebeldia juvenil a organização de marchas e movimentos a favor da droga. Ouvi infinitas posições que apresentam a planta desde o uso medicinal à solução dos problemas financeiros do Brasil e acredito que com isso a planta se tornou uma causa, a mais ardente luta da nossa juventude.
A Cannabis Sativa é uma das plantas mais estudada na ultima década, só no portal de periódicos,www.periodicos.capes.gov.br, se tem acesso a mais de 10.000 artigos científicos que falam sobre a droga. Com isso, somos chamados a discutir o assunto e tomar a nossa posição, seja ela contraria ou favorável a droga. Mas me pergunto, qual o verdadeiro anseio desta juventude que luta pela legalização?
A maconha tem em sua composição um potencial medicinal que poderia vir a agregar valores a nossa medicina, mas não seria o fumo dela a maneira mais apropriada de terapia, embora um país que não investe o mínimo em saúde pública e muito menos em pesquisas, não acredito que teria motivos para aderir à causa. Há aqueles que alegam a droga como uma nova fonte de impostos, pois com uma venda regular além de extinguir o tráfico faturaríamos com a venda aos usuários, mas não é levado em conta que mesmo com a venda regularizada haveria a entrada da droga com um custo mais baixo, assim como todas as piratarias que estamos expostos no mercado negro brasileiro. No lado oposto às análises, que até poderiam ser positivas com uma boa administração, vejo uma gritaria a favor da liberdade do fumo, que mesmo ilegal é usado em qualquer esquina. Estamos brigando por liberdade? É essa a nossa causa? O que vejo é a falta da estudantada na rua batendo panela contra a corrupção e das marchas a favor de salários dignos, não tem jovem mobilizado para reivindicar uma escola de qualidade e muito menos uma luta de conscientização da juventude contra o crack que a cada dia mais, destrói a juventude brasileira. Acredito que saindo do sofá iremos ter infinitas conquistas, mas quais delas realmente seriam mudanças?
Natashe Inhaquite - Sec. ME Universitário - JS/PDT-POA
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