sábado, 12 de dezembro de 2015

0

JS PDT se reúne com Ciro Gomes

Juventudes Socialistas do PDT reunidas com Ciro Gomes, na Convenção Estadual do partido! Discurso do Ciro nos deu fôlego para continuarmos firmes na luta pelo trabalhismo de esquerda!


quinta-feira, 16 de abril de 2015

0

CONTRA PL 4330!

Hoje, na Esquina Democrática, conversamos com os trabalhadores e manifestamos a nossa contrariedade ao PL 4330 que tramita no congresso nacional. Somos herdeiros da CLT, conquista que o trabalhador adquiriu com muita luta. Temos o dever de defender o autêntico legado trabalhista!
Não vamos nos calar para os nossos políticos que estão cometendo um crime contra o trabalhador brasileiro.








Adelante!

quinta-feira, 9 de abril de 2015

0

JS PDT Porto Alegre contra a redução da maioridade penal!

Diante da crise política que estamos vivendo, em que pautas como a regulamentação da terceirização dos trabalhadores e a redução da maioridade são colocadas como saída, os movimentos sociais e organizações partidárias precisam se organizar e movimentar, fazer pressão para que não hajam retrocessos.
A JS PDT Porto Alegre se organizou e chamou um ATO contra a redução da maioridade penal, onde muitas organizações políticas participaram. Entre elas a Frente Quilombola, UJS, UNE, UBES, Juntos!, JPSB, Centro de Referência em Direitos Humanos, Conselho Estadual de Educação, Levante Popular da Juventude, CAAR, SAJU...
Foi só o começo!!!!



quarta-feira, 1 de abril de 2015

0

JAMAIS ESQUECEREMOS: 31 DE MARÇO, GOLPE AO TRABALHISMO

Há 51 anos os militares deram um golpe no #trabalhismo, no povo brasileiro. Este golpe durou 21 anos. Matou muitas pessoas. Calou muitas outras. Torturou. O trabalhismo que tanto incomodou os setores reacionários e conservadores não esqueceu. E por isso a Juventude Socialista de Porto Alegre faz questão de lembrar que nós "JAMAIS ESQUECEREMOS: 31 DE MARÇO, GOLPE AO TRABALHISMO".
Deixamos a nossa faixa em frente à Assembléia Legislativa, na Praça da Matriz, de onde, em 1961, Leonel Brizola combateu e retardou o golpe de 64!





domingo, 29 de março de 2015

0

Debate sobre a Reforma Política chama a JS pra LUTA!



Neste último sábado iniciamos o debate sobre a Reforma Política na nossa juventude, contamos com a presença do Antonio Lima, sociólogo, sindicalista e ativista dos movimentos sociais que contribuiu para que aprofundássemos a discussão dos caminhos que podemos tomar na luta pela Reforma Política. Foi um baita debate, o Antonio levantou a bandeira pela "Constituinte JÁ", que na opinião dele é a única forma de fazer a reforma que queremos. Saímos do debate convencidos e comprometidos a lutar pela constituinte. 

#ConstituinteJÁ
#ReformaPolítica
#BrizolaVive
#Trabalhismo de Esquerda

quinta-feira, 26 de março de 2015

0

Juventude debate: Reforma Política JÁ!





Não é de hoje que a Reforma Política é a pauta dos Movimentos Sociais espalhados pelo Brasil. O reflexo de campanhas eleitorais milionárias faz com que o congresso seja mais conservador que em 1964, quando Jango foi deposto pelos militares, e assim ficamos reféns de uma política extremamente conservadora. O resultado de um sistema eleitoral arbitrário é o retrocesso de avanços sociais para o nosso povo. É preciso mudar a lógica, mudar a política, pois o Brizola já dizia "Nascemos e existimos para mudar o Brasil".




quarta-feira, 25 de março de 2015

0

PT não é comunista e quem dera se o Brasil fosse Cuba ou Venezuela

Yuri Brandão ,Especial para Opinião Pública
Nas manifestações do dia 15 de março, em meio ao sentimento de hostilidade, a Dilma, Lula e o PT, duas frases citadas merecem uma reflexão: “PT é comunista” e “O Brasil não será uma nova Cuba ou Venezuela”. A indignação pelo estado de corrupção que o Brasil chegou tem levado muitos brasileiros a confundirem este sentimento com conservadorismo alimentado por uma desinformação crônica.
O comunismo, em sua teoria, é a superação do regime capitalista que concentra a maioria dos recursos nas mãos de uma minoria, promove a desigualdade de uma maioria que tem seu trabalho alienado por essa mesma minoria resultando em lucro. Assim, não haveria mais governos estatais ou países, com uma autogestão democrática. O trabalho seria livremente associado e não mais comercializado como no capitalismo. Um prazer com recursos disponíveis para todos. O PT foi concebido em 1979 como partido nas bases do radicalismo sindicalista, intelectuais de esquerda e católicos da chamada “Teologia da Libertação”, acabou por dividir o partido em “tendências” e por isso uma orientação ideológica de esquerda não era muito clara devido ao chamado “sectarismo” provocado pelos grupos trotskistas praticados dentro e fora do PT. Em sua Carta de Princípios em 1979, o PT atacou a reorganização do PTB em Lisboa, chamando suas propostas de “demagógicas”, “de arregimentação dos trabalhadores para defesa de interesses dos setores do empresariado nacional, além da memória de Getúlio Vargas, classificando suas idéias como “massa de manobra dos trabalhadores”. O resultado foi à articulação do cérebro da Ditadura, Golbery do Couto e Silva para tomar a sigla de Leonel Brizola e destruí – la nas mãos de Ivete Vargas. A luta pelas Diretas em meados dos anos 80 pareceu integrar o PT na causa democrática da esquerda brasileira. Mas, em 1990, no manifesto chamado “O socialismo petista”, o PT surpreendentemente apoia o sindicato Solidariedade do ultra direitista Lech Walesa na Polônia com o argumento de haver “uma abertura democrática no Leste Europeu.” Um processo que aniquilou praticamente todos os partidos comunistas do mundo e jogou estes países no mais brutal neoliberalismo e na periferia do capitalismo. Este é o socialismo petista, o mesmo que em 1994 fez Aloizio Mercandante igualar o modelo econômico da Candidatura Lula com o de FHC e que em 2002 firmou o compromisso com o povo brasileiro: aliança com a direita representada por José Alencar e o pacto social com a burguesia brasileira. Com o PT no poder em 2003, o socialismo petista agora social – liberalismo burguês trilhou seu pacto com nossa classe dominante. Aliou – se ao PMDB de José Sarney e ao PP de Paulo Maluf, cedeu á Base de Alcântara aos EUA, participa da ocupação militar no Haiti, apóia políticos da pior estirpe como Sérgio Cabral, Roseana Sarney e empresários como Eike Batista. O que sobra do socialismo petista é a sua retórica que hoje em dia sob supervisão de marqueteiros, classificam oposicionistas de direita, golpista, coxinha, etc. Será que tudo isso tem a ver com comunismo?
Cuba e Venezuela são dois casos típicos na América Latina de países que optaram pela independência política dos EUA. Cuba antes de 1959 era um país chamado “bordel dos EUA”. Sua independência em 1902, a penúltima da América Latina, contou com a ajuda dos EUA, aonde Cuba chegou a ser um protetorado norte – americano desde 1898. Neste mesmo ano, foi feita uma emenda a constituição, a chamada “Emenda Platt” que autorizava os EUA a intervir militarmente em Cuba quando os seus interesses econômicos fossem ameaçados. Mesmo com a ascensão de Fulgêncio Batista, a ilha cubana continuava sendo praticamente uma colônia ianque, com alta taxa de analfabetismo, prostituição, miséria e exploração econômica. Com Revolução em 1959 com Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, Cuba rompe este cordão umbilical com o EUA e começa um processo de transformação radical de sua sociedade. Erradicou o analfabetismo e conseqüentemente a miséria, elevou seu IDH com seu sistema de saúde através da medicina preventiva (auxiliando inclusive os acidentes Césio 137 em Goiânia e Chernobyl na Ucrânia) e tornou – se uma potência esportiva olímpica. Foi importante o apoio da URSS e o bloco socialista que foram o resultado da política de perseguição dos EUA a Revolução e a exclusão de Cuba da OEA em 1962, onde acabou isolada economicamente e politicamente do continente americano. A Revolução Cubana sobrevive felizmente até os dias de hoje. Poderia desenvolver – se mais e colaborar muito com seu conhecimento para a América Latina se não houvesse este bloqueio econômico estúpido promovido pelos EUA. A Venezuela assim como Cuba, teve uma violenta colonização espanhola que originou uma burguesia conservadora, detentora da siderurgia, do petróleo e dos meios de comunicação e extremamente alinhada à Casa Branca, onde alternou – se ditaduras patrimonialistas e democracias frágeis, algo comum na maior parte da América Latina. A ascensão de Hugo Chaves em 1999 representou uma ruptura com uma estrutura de poder que legava ao povo venezuelano em sua maioria a miséria e o analfabetismo. A Constituição Bolivariana que resultou na chamada Revolução Bolivariana, promoveu uma série de reformas na Venezuela. A Câmara e o Senado foram extintos, criando – se a Assembléia Nacional, aumentou o mandato do presidente de cinco para seis anos com direito a reeleição, nacionalização da petrolífera Petróleos da Venezuela (PDVSA) e da siderúrgica Sidor. Assim com Cuba, a Venezuela caminha para a erradicação do analfabetismo, melhoria de seu sistema de saúde com a ajuda da ilha de Fidel, liberdade cultural para os povos indígenas e a melhoria significativa na distribuição de renda da população. Evidentemente que estas ações desagradaram profundamente à burguesia venezuelana e os EUA que desde 2002 tenta derrubar este processo de reformas na Venezuela, seja com tentativa de golpe a Hugo Chavez, seja com Nicolas Maduro. Semelhante á Cuba, os norte – americanos isolam covardemente a Venezuela política e economicamente, chegando até recentemente receberem uma intimidação militar ianque como “uma ameaça aos EUA.” Mudança do paradigma político na América do Sul requer sacrifícios sem nenhuma recompensa e com garantias de decepção. O PT e seu projeto de governo em nada assemelham com estes dois países. Não propôs nenhuma agenda de reformas para o Brasil, agindo apenas paliativamente em setores da saúde (Mais Médicos), educação (Prouni), moradia (Minha Casa, Minha Vida), distribuição de renda (Bolsa Família), este com claro intuito eleitoreiro. Uma Copa do Mundo e Olimpíadas com dinheiro público, além do Leilão do Poço de libra com direito á Forças armadas reprimindo o povo. Uma lógica para preservar as mesmas corporações burguesas que manipulam estes setores na América Latina e que dão sustentação econômica e política ao Governo Lula/Dilma. Cooptando a direita como o PP e o PSD, o sempre governista PMDB e mais os escândalos do Mensalão e da Petrobras, fica a cargo de marqueteiros, pintarem o PT e seus movimentos sociais chapa branca como algo parecido com Cuba ou Venezuela. Se bem que, mas parece uma bela ressaca da Ditadura.
O PT não é um partido de esquerda. Nunca foi solidário com os partidos afins. Desde sua fundação, sempre agiu com autoritarismo, auto-suficiência e sectarismo. E agora age como se fosse o dono dos símbolos, da ideologia e do movimento de esquerda no Brasil. Este movimento tem nomes como Luis Carlos Prestes, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Caio Prado Júnior entre outros que sacrificaram suas vidas pelo Brasil e nunca se envolveram em escândalos de corrupção ou fizeram pacto com a direita e com o setor conservador brasileiro como o PT fez. A esquerda no Brasil merece respeito e essa tentativa de usurpação da história que o PT tenta fazer é simplesmente vergonhoso, pois é claro que a democracia no Brasil hoje está sendo manipulada pelo poder econômico e político respectivamente. Então, você que expressou sua indignação dia 15, o PT nunca foi e jamais será comunista. E quem dera o Brasil fosse Cuba ou Venezuela. Não que se deva imitar os dois modelos, mas se Cuba e Venezuela com territórios pequenos e recursos mais escassos em relação ao Brasil, conseguiram fazer toda essa transformação; imaginem o Brasil com toda a potência de seus recursos naturais, sua multiplicidade racial, sua extensão territorial, podemos ir mais longe. Quem sabe, fazer um socialismo moreno com a cor do Brasil.

(Yuri Brandão, presidente da Juventude Socialista do PDT-GO, membro da Direção Nacional da Juventude Socialista do PDT, membro da Direção Executiva Estadual do PDT-GO e bacharel em Direito pela PUC/GO).

quinta-feira, 19 de março de 2015

0

A Reforma Agrária de Brizola


Brizola assina títulos de concessão de glebas do Banhado do Colégio a agricultores sem terra

Não há com se falar em reforma agrária sem destacar a importância de Leonel de Moura Brizola, nascido em 1922 no povoado de Cruzinha/RS, hoje denominado Carazinho. Filho de camponeses pobres que praticavam agricultura de subsistência.
Brizola iniciou os estudos na escola primária em 1931; cinco anos depois, matriculou-se no Instituto Agrícola de Viamão, próximo a capital Porto Alegre, formando-se em técnico rural em 1939; posteriormente graduou-se em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, época em que já tinha iniciado a sua carreira política. Foi eleito deputado estadual daquele estado por duas vezes seguidas, participando da elaboração da Constituição gaúcha. Em 1950, casou-se com Neuza Goulart, irmã de João Goulart que viria a ser presidente anos depois (1961/64).
Quando governador do Estado do Rio Grande do Sul, aos 36 anos, deu início ao projeto de construção de escolas; criou uma rede de ensino primário e médio atingindo os municípios mais distantes; estatizou empresas multinacionais e iniciou o processo de reforma agrária com a deflagração em 1961 do MASTER – Movimento dos Agricultores Sem Terra, dando com isto o primeiro passo efetivo para a reforma agrária no Brasil.
O termo Reforma Agrária designa os esforços de reorganização do espaço rural através de intervenção governamental e foi exatamente isto que fez o então governador do estado do Rio Grande do Sul quando preocupou-se com a situação de milhões de trabalhadores rurais que viviam no mais completo abandono. Brizola era conhecedor das necessidades daquela gente que precisava de terra para morar, plantar, colher, sobreviver. No entanto, sabia que seria um custo político altíssimo, uma vez que atrairia as atenções das oligarquias rurais e urbanas. Todavia, com a revolta dos sem terra e diante dos protestos daquela gente, iniciou-se a reforma agrária; e como um gesto de contribuição pessoal Brizola chegou a doar 45% das propriedades herdadas por Neuza Brizola, sua esposa, a fim de desencadear o primeiro projeto de reforma agrária em seu governo.
Observa-se que um dos princípios do MASTER era a não-invasão de terras e este foi um compromisso assumido entre seus líderes e o governador. Diante das inúmeras reivindicações dos trabalhadores sem-terra Brizola sugeriu que fosse feito, juntamente com órgãos do governo, a localização das áreas devolutas do Estado, a fim de que se pudesse integrar um programa de distribuição de terras aos agricultores. Tal sugestão se deu porque a Constituição Gaúcha permitia a expropriação de propriedades não devidamente exploradas e sua posterior distribuição a agricultores sem-terra, ou seja, garantia a entrega de terras aos agricultores sempre que surgissem abaixo-assinados, com o mínimo de cem assinaturas de residentes no local, solicitando as terras.
Brizola estimulou os abaixo-assinados em acampamentos de agricultores e criou o Instituo Gaúcho de Reforma Agrária (IGRA) órgão executivo cuja finalidade era a centralização de todas as medidas para o setor. Além disso, sempre esteve atento para que as ações do MASTER não se desviassem para outros propósitos que não a aquisição de terra para fins de reforma agrária. Ordenou total assistência e proteção, por parte dos órgãos do governo, aos agricultores, como: médicos, dentistas, distribuição de sementes para o plantio, assistência social; com isso, ele assegurava a ordem nos acampamentos.
Não existiram invasões, por este e outros motivos é que até hoje o projeto de reforma agrária de Brizola é considerado o mais organizado e bem sucedido entre os implantados. Acrescenta-se, ainda, que Brizola entregou mais de 13 mil títulos de posse aos agricultores sem-terra.
Em 1962 elegeu-se deputado federal pelo antigo Estado da Guanabara, território do atual município do Rio de Janeiro, com uma votação recorde de 269 mil votos. Daí observa-se o seu prestígio.
Com a reforma agrária e urbana esperava-se beneficiar os setores mais pobres da sociedade, como os trabalhadores urbanos e rurais, perdendo os privilégios e vantagens as classes dominantes e oligárquicas. Com isso, desencadeou-se uma crise no país. A oposição militar veio à tona para impedir que tais reformas se consolidassem, impondo, portanto, uma manutenção da estrutura socioeconômica vigente, que atendia aos interesses das classes que dominavam o país naquela época, resultando no Golpe de 1964 que submeteu o Brasil a uma ditadura militar que durou até 1985.
Brizola tentou resistir ao regime militar e foi cassado, exilou-se no Uruguai retornando ao Brasil somente em 1979, com a Lei da Anistia. Fundou o Partido Democrático Trabalhista – PDT, pelo qual se elegeu governador do Rio de Janeiro por duas vezes. Permanecendo por muito tempo em nossa história como sendo o único caso em que um político consegue se eleger por dois estados distintos. Carisma era uma de suas qualidades e o povo reconhecia isso.
Sabe-se que montar uma nova estrutura fundiária que seja socialmente justa e economicamente viável é dos maiores desafios do Brasil e que a redistribuição de terras é normalmente um dos principais objetivos de qualquer programa de reforma agrária, por isto, vale lembrar o importantíssimo papel do modelo de reforma agrária de Leonel Brizola em nosso país, uma vez que ele compreendia perfeitamente a função social da terra. Brizola deixou a todos nós brasileiros uma lição de vida pública.

FLÁVIO NOGUEIRA – Deputado Estadual, Secretário das Cidades e Presidente Regional do PDT-PI.

domingo, 15 de março de 2015

0

15 de Março em Copacabana (RJ)

Algumas considerações da "manifestação do dia 15 de março" via Diario da Liberdade:

Cid Benjamin*

1. Fui devidamente trajado de vermelho, pra não ser confundido, e fiquei uma duas horas sempre na periferia da passeata. Não fui hostilizado.
2. Tinha muita gente. Não posso calcular a quantidade de pessoas porque não tive uma visão de cima, mas a passeata tomou vários quarteirões.
3. O clima era de regozijo dos manifestantes, certamente pelo aparente sucesso da empreitada.
4. Não foi uma passeata apenas de oposição ou de críticas ao governo Dilma, foi claramente pela derrubada do governo. A tônica era mais pelo impeachment do que pela intervenão militar, embora houvesse cartazes nesse sentido.
5. Um certo tom de "defesa do Brasil" contra uma suposta transformação do país numa Cuba ou numa Venezuela estava presente, tanto em cartazes, como em palavras de ordem. Isso não deixa de ser irônico porque era uma manifestação contra um governo que não tomou uma só medida que afetasse os ricos e não fez uma só reforma estrutural no país.
6. Críticas à corrupção estavam presentes em quatro de cada cinco cartazes ou palavras de ordem. Mesmo (ou principalmente) nos cartazes rústicos ou na palavras de ordem que pareciam espontâneos. Sempre relacionando a corrupção ao PT e a Lula, mas também a Dilma (embora menos). Como já andou dizendo Gilberto Carvalho, aparentemente a pecha de corrupto pegou mesmo no PT.
7. O repúdio - e até o ódio - à esquerda esteve muito presente. Da mesma forma, o ódio de classe. Ouvi comentários hostis ou depreciativos ao Bolsa Família e aos pobres que seriam parasitas (não cheguei a ouvir essa palavra, mas o tom era esse).
8. Havia poucos pobres ou negros, mas não foi uma manifestação de ricos. A quase totalidade dos manifestantes era classe média. Alguns, classe média baixa. Muita gente parecia ser mesmo de Copacabana, embora o metrô estivesse cheio de gente que ia fantasiada pra passeata.
9. Salvo alguns grupos de pitboys, não havia muitos jovens. Já a presença de gente de meia idade e de famílias inteiras foi muito forte.
10. Havia muita gente de camisa amarela, da seleção brasileira, ou com bandeiras do Brasil. Não sei se foi uma coisa espontânea, porque não vi qualquer orientação nesse sentido, mas o fato é que a Avenida Atlântica ficou meio que pintada de amarelo.
11. Muita gente levava com cartazes feitos à mão, com frases as mais variadas, o que deu um tom de espontaneidade à manifestação, diferentemente da de sexta-feira, em apoio ao governo, que teve um aspecto meio chapa-branca.
12. As palavras de ordem gritadas pareciam ser também, na maioria dos casos, espontâneas. Algumas até tentavam apelavam para o humor, lembrando algo que até agora só a esquerda fazia.
PS - Pego carona num post do Gustavo Gindre e adiciono uma 13ª observação:
13. O governo vai tomar uma surra da mídia, Vai apanhar igual a boi ladrão, e não vai mexer uma palha para tentar enfrentar as mazelas desse oligopólio privado que atenta contra a democracia. E os apoiadores deste governo continuarão usando a Internet para criticar a grande mídia, a despeito da inação do governo que apóiam.
Seria cômico, se não fosse trágico...

*Jornalista do Diário da Liberdade
0

Ódio e intolerância fazem mal para o Brasil.


Brizola em campanha pelas "Diretas Já!"

Natashe Inhaquite*

Em 2013 quando invadíamos as ruas exigindo a diminuição da passagem e um transporte verdadeiramente público, acabamos surpreendidos por cartazes e manifestações diversas. O gigante acordou, diziam alguns manifestantes, desconsiderando a luta diária de centenas de pessoas organizadas Brasil afora. Víamos mensagens ufanistas e intolerantes, quanto a opinião do próximo, se espalharem nas redes e causarem um clima de tensão e inimizades virtuais. As eleições acalentaram as disputas, se de um lado aécistas enchiam a boca pra falar mal do governo, do outro os dilmistas a defendiam. 

A eleição passou, mas a ressaca eleitoral parece não querer terminar, e, com a crise anunciada, dizem por aí que tá valendo a pena fazer faixa e camisa do Brasil pra vender em manifestação. 


O que sabemos é que o governo vai de mal a pior, se as conquistas que colhemos nestes últimos 12 anos trouxeram avanços, hoje já estamos retrocedendo. O que não dá, é pedir intervenção militar, impeachment e uma nova eleição para o Aécio Neves assumir a cadeira de presidente. A presidenta ganhou a eleição e não importa de onde veio esse voto, é legítimo que governe este país pelos próximos 4 anos. Até lá, a gente pode ir pra rua bater panela, tambor, cabeça e tudo que tiver direito, mas respeitando, acima de tudo, a nossa DEMOCRACIA.


*Presidente da JSPOA e estudante de Ciências Sociais. 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

0

Syriza: Um dia de governo e mudanças profundas Grécia*

Novo governo anuncia fim das privatizações, saúde pública universal e aumento do salário mínimo
Da Redação
Em apenas um dia no governo, novos ministros anunciaram nesta quarta-feira (28) as mudanças que irão ocorrer na Grécia, deixando bem claro que as promessas eleitorais do Syriza (Coalizão de Esquerda Radical) não eram apenas palavras ao vento. A primeira medida oficial foi o anúncio do cancelamento das privatizações planejadas e a apresentação do plano de mudança do sistema de fornecimento de energia no país. Os representantes do novo governo afirmaram também que irão aumentar o salário mínimo e propõem medidas para filhos de imigrantes.
Energia
A primeira medida tomada pelo novo ministro da energia, Panagiotis Lafazanis, foi anunciar o cancelamento dos planos de privatização da Empresa Pública de Energia (DEH, em grego). Ele afirmou que a energia e o gás são muito caros no país, fazendo com que parte da população não tenha acesso a esses bens, e que, por esse motivo, irá elaborar um novo plano para a energia. A privatização era uma das exigências da Troika – comitê tripartite formado pela Comissão Européia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional –como contrapartida do programa de “resgate financeiro” fornecido ao país.
Enquanto não traça um novo plano para o fornecimento de energia, o ministro se comprometeu a garantir gratuitamente energia a 300 mil gregos que tiveram sua energia cortada por não conseguirem pagar as contas.
Porto de Pireu
A privatização do maior porto da Grécia, o Porto de Pireu, também foi cancelada pelo vice-ministroThodoris Dritsas, que ressaltou a necessidade de manter o caráter público do porto e mantê-lo em benefício do povo grego. O governo anterior havia fechado um acordo para vender 67% do porto ao grupo chinês Cosco. Foi anunciada ainda a suspensão da privatização de 14 aeroportos que estavam previstas para os próximos anos.
Salário mínimo
Por sua vez, o ministro do trabalho, Panos Skourletis, anunciou que irá elevar o salário mínimo para 751 euros. Como parte dos acordos com a Troika, o salário havia sido rebaixado para 586 euros em 2012 fazendo com que, da noite para o dia, a maioria dos gregos passasse a ganhar 20% a menos.
Readmissões
Giorgos Katrougalos, vice-ministro da reforma administrativa, disse que serão readmitidos todos aqueles demitidos inconstitucionalmente nos últimos anos, como os trabalhadores da limpeza do Ministério das Finanças e professores e funcionários das escolas públicas.
Na área da Saúde, o ministro Panagiotis Kouroumplis garantiu que o governo irá voltar a garantir acesso à saúde pública para todos os gregos.


Imigração
Em um dos temas mais polêmicos para os governantes europeus, a situação dos imigrantes no continente, o novo governo se posicionou com firmeza. A vice-ministra da Política de Migração, Tasia Christodoulopoulou, afirmou que os Estado irá garantira a nacionalidade a todos os filhos de imigrantes que nasceram, cresceram ou vieram ao país muito novos.
Economia
Yanis Varoufakis, ministro das finanças do novo governo, anunciou, conforme vinha afirmando antes das eleições, que irá lutar para acabar o mais rápido possível com a política de austeridade, que definiu como “um erro altamente tóxico”. Ele afirmou ainda que irá tentar articular uma nova política econômica não apenas na Grécia, mas em todo o continente europeu.
Ministérios
O governo também reduziu o número de ministérios para 10, e nomeou como ministros diversos ativistas de movimentos sociais e professores. Nikos Voutsis, por exemplo, antigo conhecido da polícia por se encontrar sempre nas linhas de frentes nas manifestações contra a austeridade, foi nomeado ministro do interior.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

0

JS distribui o jornal FOLHA TRABALHISTA na Esquina Democrática

Ontem, dia 28/01, a Juventude Socialista-PDT de Porto Alegre distribuiu na Esquina Democrática o jornal Folha Trabalhista do mês de janeiro.
Estavam presentes no ato os militantes Fábio Melo, Guilherme Holtz e a presidente da JSPDT Porto Alegre, Natashe Inhaquite.







À LUTA JUVENTUDE!!!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

0

JS-PDT: 30 anos de história




Everton Gomes e Wendel Pinheiro



A história da Juventude Socialista do PDT remonta às lutas tomadas pela Ala Moça e, mais tarde, pela Mocidade Trabalhista no PTB pré-golpe de 1964. 
A Ala Moça, fundada em 1945 na cidade de Porto Alegre-RS, sob a liderança de Leonel Brizola como o seu primeiro presidente, teve forte influência dos ideais de Alberto Pasqualini. Este novo agrupamento propunha a ser o espaço de atuação política dos jovens varguistas que não tinham espaços nem no PCB, com sua linha marxista-leninista, e nem na UDN - inicialmente, aglutinando todas as vertentes antigetulistas, do espectro liberal-conservador até a Esquerda Democrática (ED). 


Brizola com Getúlio na campanha de Ernesto Dornelles, 1950
                                  

Com o seu crescimento e ramificação em vários núcleos espalhados pelo país, mais tarde foi refundada a Ala Moça, na V Convenção Nacional do PTB em 03 de outubro de 1952, em Petrópolis-RJ. Porém, ela teria uma nova nomenclatura: Mocidade Trabalhista. Seu primeiro presidente foi Feliciano Araújo. A atuação dos jovens trabalhistas no PTB pré-golpe teve maior ênfase na ação político-partidária e nas eleições que a legenda petebista participava. Isto não significava, porém, que existissem quadros que atuassem nas entidades estudantis, como a UNE/UBES e demais Centros Acadêmicos e Grêmios Estudantis. Da Ala Moça e da Mocidade Trabalhista saíram quadros de grande relevância como Leonel Brizola, Fernando Ferrari, Sereno Chaise, Ney Ortiz Borges, Matheus Schmidt, Pedro Simon e Danilo Groff, além de Vânia Bambirra, Herbert de Souza (Betinho) e Daniel Aarão Reis. Alguns quadros da Mocidade Trabalhista inclusive atuaram na UNE durante do início até meados da década de 1960, e também na Juventude Universitária Católica (JUC) e na Juventude Estudantil Católica (JEC) - que mais tarde, em 1962/1963, se tornariam a Ação Popular (AP), que rivalizaria ou comporia com o PCB na direção da UNE e da UBES.


Ney Ortiz Borges



Fernando Ferrari


Sereno Chaise


Com o advento do Golpe Civil-Militar de 1964 e do Ato Institucional n° 2 (AI-2), os partidos são extintos. O PTB não existiria mais, junto com a Mocidade Trabalhista. Com o recrudescimento do Regime Militar, o movimento estudantil tornou-se o centro da oposição à ordem vigente. A partir da edição do AI-5 em dezembro de 1968, com o fechamento total do regime, parcela considerável do movimento estudantil parte para a luta armada, como forma de resistência aos arbítrios cometidos pelo governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974).
O processo de redemocratização se inicia a partir das consecutivas vitórias da oposição nas eleições de 1974 e 1978. Tentando esvaziá-la, o governo de Ernesto Geisel (1974-1979) e de João Figueiredo (1979-1985) promovem uma distensão "gradual e lenta" do Regime Militar, com a lei da anistia aos exilados e presos políticos. Após a perda da sigla do PTB, Leonel Brizola funda o PDT em 26 de maio de 1980. Já se encontrava em gestão a fundação de uma juventude nesta nova legenda trabalhista. Inclusive, a Carta de Lisboa, em meados de junho de 1979, fazia uma grande referência à participação política dos jovens com a reorganização da UNE e estaria, dentre as suas pautas políticas, uma atenção maior aos jovens. Já na recepção de Leonel Brizola em São Borja, em 07 de setembro de 1979, já se aspirava à formação de uma juventude que, a partir de um slogan numa das faixas, propunha: "Juventude Trabalhista, Popular e Socialista". Em 15 de fevereiro de 1981, os jovens social-democratas, trabalhistas, socialistas e comunistas se reuniram no Colégio João Lyra Filho, na cidade do Rio de Janeiro. No I Encontro Nacional, estes jovens fundaram a primeira organização juvenil partidária do período de redemocratização no Brasil, que inicialmente se chamou de Juventude Trabalhista do Partido Democrático Trabalhista (JT-PDT). O primeiro presidente da JT foi Anacleto Julião, filho do legendário líder das Ligas Camponesas na década de 1960, Francisco Julião. 
O Trabalhismo Brasileiro, herdeiro de Vargas, Jango e Brizola, é a expressão doutrinária que estes jovens adotaram, pois ali também nascia o PDT - o partido que concebia, a partir de sua fundação, o trabalhismo como o caminho brasileiro para o socialismo.
O anseio desta nova organização era a construção de um país mais igual e democrático. Sua inspiração se dava com a luta antiimperialista e com as bandeiras do nacionalismo democrático-popular e do socialismo. A JT foi a primeira organização juvenil partidária no Brasil no período de redemocratização.
A Juventude Trabalhista, posteriormente assumiu o nome de Juventude Trabalhista e Socialista (JTS) em seu II Congresso Nacional. Mais tarde, após o advento da Carta de Mendes, e com a perspectiva de um horizonte socialista - a partir de uma leitura de análise do trabalhismo sob a ótica marxista -, a JTS, no seu III Congresso Nacional, em fevereiro de 1985, se transforma em Juventude Socialista do Partido Democrático Trabalhista (JS-PDT).
Passados 30 anos, esta organização vive! Sua história é marcada pela luta em prol do povo brasileiro e pelo socialismo. Poucas são as organizações que conseguem chegar tão longe no tempo com o vigor e fôlego iniciais. De longe, a JS é o movimento de cooperação mais orgânico do PDT, confundindo-se com a própria história de avanços, refluxos e conquistas do Partido. Atuando nas bases do movimento estudantil, comunitário e, agora, intensificando seus esforços no movimento sindical, a JS se constitui até hoje, na prática, numa verdadeira escola de formação de lideranças, quadros teóricos e de militantes da agremiação pedetista, baseado nos princípios nacionalistas, trabalhistas e socialistas, levando o legado e a luta das principais lideranças do trabalhismo brasileiro: de Vargas, Pasqualini, Jango, Brizola, Prestes e Darcy. Presente em quase todos os estados, com congressos estaduais e nacionais regulares, desde a sua fundação em 1981, a Juventude Socialista sempre foi o celeiro de grandes quadros qualificados do PDT e da História do Brasil Contemporâneo.
Hoje, além de atuar no Movimento Estudantil, com a presença de quadros estudantis trabalhistas na UNE, nas UEE's, DCE's, Centros Acadêmicos (CA's) e entidades estudantis secundaristas, a JS ocupa o cenário nacional, formulando as ações e políticas públicas para a juventude. Igualmente, a JS atua internacionalmente na IUSY (União Internacional da Juventude Socialista), da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD) e da COPAL, baseando-se nos princípios de cooperação e solidariedade com os países latino-americanos, africanos e asiáticos e na defesa da autodeterminação dos povos - em especial, na defesa dos interesses dos países periféricos contra os promovidos pelos países centrais e pelas potências imperialistas.
A Juventude, em suas lutas, tem contemplado seus princípios na construção de uma sociedade mais justa, incluindo os jovens - em especial os oriundos da classe trabalhadora, na promoção de demandas e de oportunidades; por um amplo e irrestrito acesso à educação pública, gratuita e de qualidade e ao trabalho digno, sob a inspiração do trabalhismo, além do acesso gratuito à cultura e ao lazer. Demandas que, independente das transformações políticas, sócio-econômicas e culturais, permanecem vivas e intactas como a agenda permanente da juventude brasileira. Este é um pedaço da nossa historia, aqui poderíamos citar as participações ativa na campanha das Diretas, campanha de 89, o "Fora Collor", na defesa contra as privatizações do governo FHC. 
Nossa historia é de luta e assim continuaremos dando seqüência na nossa trajetória!


E nosso grito de guerra é esse: 
É pra lutar é pra vencer é Juventude Socialista PDT!
0

A Bolívia de Evo: indigenismo e marxismo contemporâneo*

Bolivia


A Bolívia frequentava as piores listas entre os países do continente: entre os mais pobres, junto com Honduras e Haiti; entre os de maior instabilidade institucional, com cifras aterradas de golpes ao longo de toda sua vida política.
Não é sem desassombro que a América Latina assiste à terceira posse consecutiva de Evo Morales no país, que governará pelo menos até 2020, constituindo-se no presidente de mais longo mandato em democracia na Bolívia. Venceu, de novo, no primeiro turno, desta vez com 200 mil votos a mais do que em 2009, derrotando velhos líderes políticos da direita boliviana.
Desta vez, além de tudo venceu eu Santa Cruz de la Sierra e em Pando, territórios por excelência da direita boliviana, desde onde chegaram a reivindicar o separatismo da região antes chamada de meia lua. E teve maioria absoluta no Congresso.
Quem acompanha de perto o processo boliviano desde mesmo antes da primeira eleição de Evo Morales, em dezembro de 2005, não tem por que se surpreender. Sua eleição era a resultante de um longo processo de acumulação de forças, desde a guerra da água, em 2000, – para evitar que uma empresa francesa privatizasse as fontes de agua do pais –, passando pela guerra do gás, em 2002, até chegar ao processo eleitoral de 2005.
Evo teve a sabedoria de chamar para ser seu candidato a vice a Alvaro Garcia Linera, que já despontava como o mais importante intelectual latino-americano. Entre suas obras teóricas notáveis, Linera teve uma em que fazia a crítica do economismo da esquerda tradicional, que desconhecia as raízes indígenas da maioria da população boliviana, buscando reduzi-la, por seu trabalho com a terra, a camponeses.
Linera retomava a tradição de Mariategui, reatualizando o indigenismo e retomando-o dentro de um marxismo contemporâneo. Esse casamento perfeito foi um dos fatores de sucesso de Evo, já na campanha eleitoral, mas essencialmente ao longo dos seus mandatos como presidente.
Como diz o próprio Evo, a direita estava preparada para que ele fracassasse e, em prazo curto, que não conseguisse responder aos desafios da complexa realidade boliviana, que havia feito com que houvessem desfilado pela presidência do país cinco presidentes em cinco anos, de 2000 a 2005. Hasta que os movimentos indígenas e populares em geral resolveram disputar a hegemonia na sociedade – em vez de outros, que ficaram prisioneiros da "autonomia dos movimentos sociais" e se esvaziaram.
De forma similar à trajetória dos movimentos populares equatorianos, se constituiu na Bolívia um partido apoiado nos movimentos sociais – o MAS, Movimento ao Socialismo –, que lançou a dupla Evo-Alvaro e venceu as eleições de dezembro de 2005, com maioria de votos, no primeiro turno.
A plataforma deles se centrava na refundação do Estado para incorporar as comunidades indígenas em um Estado Plurinacional, a nacionalização dos recursos naturais básicos da economia boliviana – gás e petróleo – e a reforma agrária. Passando por várias circunstâncias, entre as quais as tentativas de golpe separatista de estados da região ocidental do país, se pode dizer que o governo de Evo Morales cumpriu rigorosamente com suas promessas, respondeu aos desafios e avançou de forma notável, constituindo-se num dos casos mais notáveis de sucesso dos governos pós-neoliberais na América Latina.
A situação social do país teve, pela primeira vez na sua história, melhorias extraordinárias, a economia segue expandindo-se a ritmos acelerados, apesar da recessão mundial, o Estado incorpora as comunidades indígenas e a toda uma nova geração de dirigentes de origem indígena, o país avança para a exploração de novos recursos, industrializados, que apontam para um futuro muito distinto do que foi tradicionalmente o da Bolívia.
A Bolívia de Evo é uma prova mais de como, quando o povo se une, encontra líderes que saibam conduzi-lo e aponta caminhos de superação do neoliberalismo e de todas as formas de mercantilização e de exploração ilimitada dos trabalhadores, quando reencontra seu destino nacional e os processos de integração latino-americana, triunfa e avança, como faz esse querido e até aqui tão sofrido povo latino-americano.

* ARTIGO PUBLICADO EM: http://www.diarioliberdade.org/america-latina/institucional/53928-a-bol%C3%ADvia-de-evo-indigenismo-e-marxismo-contempor%C3%A2neo.html
0

A grande empulhação dos colunistas econômicos*




Por Marco Piva

Grande parte dos colunistas de economia da imprensa comercial brasileira, autodenominada “grande imprensa”, comete uma fraude contra os cidadãos que acompanham as notícias no dia a dia. Eles têm uma verdadeira obsessão quando tratam de assuntos da sua área: a obsessão de acreditar que falam ou escrevem sem ideologia nenhuma, que seus comentários são isentos, práticos e objetivos, e que só mesmo a cegueira política não é capaz de enxergá-los como grandes pensadores críticos do país. Ora, ter uma visão ideológica e não assumi-la é a pior forma de cinismo e de empulhação. Essa gente não fez nem TCC no ensino médio para saber que qualquer coisa que se diga, se fala desde um lugar, desde uma teoria de interpretação sobre a realidade que se vê. E acreditar nos pilares do liberalismo sem freio, na aposta que a mão invisível do mercado pode tudo, forma um conceito tão atrasado quanto aquela regra do futebol que permitia ao goleiro segurar a bola com a mão por quanto tempo quisesse.
Pois bem. Um dos esportes prediletos desses colunistas de uma só forma de ver a economia é criticar os governos ditos bolivarianos como a Venezuela, o Equador, a Bolívia e a Argentina, não faltando tremendos esforços para incluir o Brasil na lista. A tese vale para todos: são governos gastões, populistas, anti-iniciativa privada, inimigos dos Estados Unidos e por aí vai. Dizem os guardiões do pensamento do mercado que a situação nesses países vai de mal a pior por obra e culpa dos governantes de plantão, casualmente todos eles de esquerda.
Previsões para a América Latina
Não é que as previsões para os demais países latino-americanos também não são nada animadoras para 2015? Vamos pegar o exemplo de nações governadas pela direita para que a análise não seja entorpecida. O México terá um de seus piores anos. Indústrias norte-americanas instaladas em território mexicano estão demitindo e fechando suas portas. As chamadas “fábricas maquiladoras”, eixo central da integração do Nafta, estão indo se instalar em outras freguesias. O petróleo, principal receita do país, está com a produção em baixa e preços achatados no mercado internacional. Como entrou de sócio menor no acordo comercial com Estados Unidos e Canadá, os mexicanos correm o risco de voltar a níveis produtivos anteriores a 1980. O PIB deste ano está previsto para 1,0%. A pobreza e a violência só crescem.
A Colômbia, outra menina dos olhos dos colunistas econômicos brasileiros, teve forte queda de produção e mal ultrapassou o 1% do PIB em 2014. As previsões para esse ano são ainda mais sombrias. Aberto desde sempre ao capital estrangeiro especulativo, o país começa a assistir a saída desses capitais numa escala sem precedente. Pesa ainda a desvantagem de não ter muito para onde correr, já que a produção agrícola do país depende de commodities, cujos preços estão em baixa no mercado internacional, sem falar do problema da violência política, ainda sem solução definitiva.
O Peru, depois de três anos seguidos de crescimento, viu uma marcha à ré em 2014. Sua principal riqueza, as jazidas de minério, perdeu espaço para novos centros de produção na África e Ásia. Sem uma indústria forte, pouco terá a oferecer para garantir emprego e renda aos seus cidadãos.
Vamos colocar o Chile no rol dos países mais abertos economicamente, embora tenha um governo de inspiração esquerdista moderada. O cobre, de longe a grande cartada do país, está com preços em queda. Os investimentos externos estão caindo para os piores níveis da história e, o que é pior, iniciam um movimento de fuga, o que levou a presidente Michelle Bachelet a decretar apressadamente uma nova lei de “inversiones extranjeras”, mais liberal e sem grandes contrapartidas como a anterior.

Banco Mundial
Nesse cenário, o Banco Mundial destaca que a América Latina cresceu 1,0% em 2014, a média mais baixa dos últimos 12 anos. A projeção de crescimento do PIB é de 2,4% para este ano, um verdadeiro risco para a continuidade dos programas sociais que diminuíram em 24% a pobreza no continente. Nenhum país latino-americano ou caribenho crescerá vigorosamente, com a única exceção da Bolívia, que ainda colhe os frutos da nacionalização do setor de gás e energia. Então, onde está escrito que os únicos países que estão em difícil situação econômica são aqueles cujos governos tem ideias de esquerda? Em qual manual ficou provado que a melhor maneira de levar a economia de uma nação é abrindo todos os flancos para o investimento estrangeiro e para a total privatização dos setores estratégicos? Quem disse que desenvolvimento não combina com justiça social?
Sem dúvida, falta muito para que famosos colunistas econômicos tenham a humildade de reconhecer que, sim, falam em nome de uma ideologia a qual devotam crença inabalável e que prestam um desserviço aos consumidores de notícia quando emitem opiniões baseados em só um lado da moeda. A América Latina vive uma crise econômica que é resultado da queda brutal das commodities de matérias primas, do rearranjo do poder econômico mundial baseado na financeirização dos ativos, da precarização de seu parque industrial, da histórica falta de investimento em inovação e tecnologia e do profundo ódio que os donos locais do dinheiro nutrem contra qualquer coisa que sinalize uma pequena mudança em seu status quo.
Por isso, debater a regulação econômica da mídia é mais do que necessário; é urgente, é “pra ontem”. Somente assim poderemos almejar uma sociedade com mais pluralismo e mais democracia, com cidadãos que poderão olhar criticamente uma notícia sob variados pontos de vista e não apenas a partir da “verdade única” dos colunistas, desses endeusadores do oráculo do mercado.

domingo, 25 de janeiro de 2015

0

JS-PDT distribui o jornal FOLHA TRABALHISTA na Redenção

Hoje, dia 25/01, a Juventude Socialista/PDT Porto Alegre esteve na Redenção distribuindo o jornal Folha Trabalhista.









JUNTOS VAMOS MUDAR A POLÍTICA!!!



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

0

Juventude Socialista participa de homenagem a Leonel Brizola

Hoje, dia 22 de janeiro, a Juventude Socialista PDT-Porto Alegre participou da homenagem feita ao líder trabalhista Leonel Brizola, na estátua localizada ao lado do Palácio Piratini. 
Estiveram presentes no ato, o presidente estadual do PDT e deputado federal eleito Pompeu de Mattos, o Secretário da Educação Vieira da Cunha e o senador eleito Laiser Martins








Fotos: Jorge Curtis



"A propriedade privada é tão boa que a queremos para todos"
Leonel Brizola


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

0

Presidente da JSPDTPOA se reúne com o vereador Delegado Cleiton

Compas, hoje estivemos reunidos com o Delegado Cleiton para discutir as ocupações de Porto Alegre e o veto do nosso prefeito ao PL que torna algumas ocupações Áreas Especiais de Interesse Social, que diminui o valor imobiliário e garante a posse das terras às ocupações. O delegado relatou que apenas 10% das habitações populares não foram repassadas ou vendidas, ou seja, 90% das casas populares dadas pela prefeitura foram VENDIDAS pelas famílias que receberam o benefício. Há uma necessidade urgente de um maior controle do poder público sobre essas habitações. Mesmo assim, o delegado se colocou a favor do projeto e disse que vai ir pra cima pra derrubar o veto do prefeito e fazer com que a posse dessas áreas sejam conduzidas da melhor forma.
Adelante!
Att,
Natashe Inhaquite
Presidente JSPDTPOA


0

CALENDÁRIO DE FORMAÇÃO POLÍTICA



A Juventude Socialista/PDT de Porto Alegre elaborou um calendário de formações políticas para o primeiro semestre de 2015.
Confiram!

MARÇO: 

Dia 08 - Cuba: educação e revolução
Palestrante: Luciano Silveira Vargas. 
Local: ALERGS

Dia 21 - O que é Estado? Palestrante: Jucelino Rosa dos Santos. Local: ALERGS

ABRIL:

Dia 04 - Reforma Agrária e Reforma Urbana
Palestrante: Jucelino Rosa dos Santos. 
Local: ALERGS.

MAIO:

Dia 02 - "Drogas": legalize já? 
Palestrante: a confirmar. 
Local: Praça Oliveira Rolim, Sarandi. 

JUNHO:

Dia 06 - Feminismo. 
Palestrante: a confirmar. 
Local: sede do PDT.

JULHO:

Dia 04 - Reforma Política. 
Palestrante:  a confirmar. 
Local: Redenção.