segunda-feira, 23 de julho de 2012

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ARTE DE DESEDUCAR

Talvez o maior educador que o Brasil já teve, o professor Anísio Teixeira - que foi assassinado pelo regime ditatorial a pauladas no cérebro -, dizia que não existe democracia sem que os bens produzidos pela sociedade possam ser repartidos de forma equânime. Sem que exista educação de qualidade. Como podemos falar em democracia enquanto apenas um em cada cem estudantes consegue alcançar o seu objetivo? Qual seja, se formar naquilo que um dia idealizou? No nosso país, somente 30% dos estudantes conseguem chegar ao terceiro nível, a faculdade. Desses, 38% não têm condições de interpretar um texto ou coisa que o valha. Do restante, apenas 10% consegue chegar até o final. E dos que conseguem fazer toda a travessia, somente 10% exercem a profissão para a qual foram preparados. Dessa forma, quase todo o investimento feito em educação se perde entre o abandono e a dificuldade financeira de se manter estudando, trazendo como resultado um país sem qualificação, onde o servilismo é o único caminho a seguir. Uma das questões relacionadas à falta de capacidade democrática da sociedade é o fato de que cada novo governante eleito se sente na obrigação de impor a sua marca. Não temos memória, apenas oportunismo. Pouco importa que tenham sido empenhados esforços em qualquer sentido. O que interessa é dizer que aquilo foi uma solução sua, que superou os demais. A democracia preserva ao vencedor o direito à humildade. O que aconteceu no Rio de Janeiro, por exemplo, quando Brizola governou aquele estado, por duas vezes, seu principal projeto foi a construção de Cieps. Centros Integrados de Educação Pública. As crianças - verdadeiros leitõezinhos, como chamava o governante - entravam na escola de manhã, recebiam ao longo do dia cinco refeições, faziam aulas de esporte, na quadra coberta, aulas de artes, tinham atendimento médico e dentário no próprio prédio da escola, desenvolvido, especialmente, por Oscar Niemeyer para esse fim. Foram construídos 500 Cieps. Cada um tinha a capacidade para promover a educação de mil crianças. Se esse projeto tivesse sido levado adiante, hoje, passados quase 20 anos, teríamos perto de 1 milhão de crianças formadas em turno integral, em que o valor da vida era o principal fator.

Caco Coelho - Coluna da Arte e Agenda, Correio do Povo, sábado, 21 de Julho de 2012.
Caco Coelho é produtor, escritor, pesquisador e diretor de teatro. Atualmente é diretor da Usina do Gasometro.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

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Lançamento do nosso SITE, é FORTUNATI!


Nosso prefeito vai as ruas da Cidade Baixa para inaugurar o site de campanha, já está na rede!!
Por amor a Porto Alegre, agora é Fortunati!

sábado, 14 de julho de 2012

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AGORA É FORTUNATI!



Por amor a porto alegre, estamos contigo Fortunati, VOTE 12!!!

sábado, 7 de julho de 2012

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Eleições 2012



Foi dada a largada para as panfletagens de rua, para os muros pintados, para os debates eleitorais, para os cavaletes na rua, para os churrascos com o candidato, para os jingles sertanejos e para corrida de sorrisos e apertos de mão, um verdadeiro vale tudo para disputar o nosso voto. As divulgações ultrapassam os limites da criatividade e cabe a justiça julgar a legitimidade das criações.

São três meses de muita imagem e ação, e o povo? REAGE!

Existem diferentes estereótipos de eleitores, aqueles que não pegam panfletos, ou pegam e colocam na lata de lixo, atravessam a rua para não passar pelas bandeiras, que não assistem os debates e não dão a mínima atenção aos candidatos. Existem aqueles que reparam na imagem e fazem uma análise minuciosa nos traços do candidato, avaliam a roupa, o sorriso, a postura, as rugas e as cores. Há aqueles, que escutam e leem, que pegam os panfletos e assistem os debates, que analisam as propostas e questionam os candidatos sobre a validade do que dizem, e durante esses três meses escolhem o seu candidato.

Os profissionais do “marketing eleitoral” estão preparados para todos os estereótipos, dos mais aos menos interessados e convencidos ou não todos somos obrigados a confirmar um número na urna eletrônica, exercendo o nosso direito ao voto. O voto, é um crédito de confiança e não podemos atravessar a rua e fingir que nada acontece, os nossos votos vão definir se queremos mudar os “nomes de rua” ou mudar as “escolas”, se queremos aumentar o salário dos “parlamentares” ou dos “professores”, se queremos “cestas básicas” ou “emprego”. É o voto que nos dá o direito de reclamar e exigir mais coerência nessas eleições, por isso devemos e podemos mudar Porto Alegre.

2012 é 12!