terça-feira, 2 de setembro de 2014

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FOLHA TRABALHISTA - setembro de 2014



ENQUANTO VOCÊ FAZ “SELFIE” SEUS DIREITOS SÃO ROUBADOS: A POLÍTICA É IMPORTANTE

Henrique Lemos*

Prezados estudantes, não culpo vocês por não gostarem de política, tenho certeza que seus motivos são óbvios e coerentes. Mas é extremamente necessário fazermos uma reflexão á situação que nos encontrarmos atualmente. E essa reflexão consiste em darmos respostas a fatos que insistem em nos confrontar, mas que por algum motivo não damos tanta importância.
A política baliza tudo que acontece ao nosso redor, desde o ônibus lotado que você pega para ir à aula, às condições da sala que você estuda, o salário de seus pais, o nível de segurança dos locais públicos onde você costuma frequentar tudo tem haver com política. A propósito também faço selfies, usei esse título para chamar sua atenção para o quanto é importante nos interessarmos por política. Para os nossos governantes quanto mais chato se tornar á política para os jovens, mais interessante ficam as coisas para eles. Uma população alienada a todos os assuntos ligados ao governo é um prato cheio na mão dos corruptos.
Sei que temos a sensação que nada vai nos atingir e que nossa juventude se perpetuará para sempre e que em um passe de mágica nos tornaremos ricos e bem sucedidos. Para alguns a sorte poderá até sorrir, mas para a grande maioria o destino está previamente traçado. Posso afirmar categoricamente que se não fizermos nada para mudar esse cenário, o nosso futuro será cada vez mais difícil. Hoje trabalhamos quase que exclusivamente para sustentar esse sistema falho e inoperante. Em geral tudo que você paga, desde um iPhone 5 até um tênis da Nike, metade do valor são impostos que o governo arrecada para em troca lhe dar garantias básicas como: educação, saúde, transporte, segurança, cultura e lazer. Tenho certeza que a essa altura você deve estar pensando: tá bom, mas duvido que eu possa fazer algo para mudar essa situação, mas eu os respondo com total certeza que sim você pode mudar o país, mais do que imagina.
Os responsáveis por nossas políticas públicas estavam a alguns anos atrás na mesma situação onde nos encontramos hoje, ou seja, estudantes cheios de sonhos e objetivos que por algum motivo abdicaram de seus valores mergulhando na ganância e assim esquecendo-se de seus princípios e de pensar no bem comum. Seus pensamentos definem suas ações. Não esperem algum familiar seu ficar doente para sentir o quando a saúde pública é de péssima qualidade. Não espere as pessoas do seu ciclo de amizades serem assaltadas para ver que á segurança é inexistente. Não espere seus pais ficarem desempregados para ver quanto é difícil uma recolocação no mercado de trabalho. Faça parte do teu futuro e do futuro das pessoas, somente através da política ás mudanças serão feitas, busque lutar por teus direitos, a política é importante.



*Militante da Juventude Socialista-PDT de Porto Alegre



NENHUM POLÍTICO TERIA UM DISCURSO CONTRA A EDUCAÇÃO!


Bruno Saldanha*


Aliás, alguém se posiciona contra a educação? Acredito que não! Existem pautas que são consenso, tais como saúde e educação. Mas devemos tomar cuidado quando ouvimos falar em investimento na educação e/ou na saúde. Desde a institucionalização da educação, lá no Brasil Império, já passamos por diversos modelos educacionais e muitas legislações foram (re) criadas com o intuito de universalizar e qualificar a educação. Ainda no campo da educação – que será o foco neste texto –, outro consenso é o de que não houve universalização e nem qualificação! Você deve estar se perguntando por que não atingimos estes dois objetivos...
Primeiro, porque nem a legislação obriga o Estado a universalizar o ensino médio – que não é dever do Estado oferecer vagas para todos os que quiserem estudar (Vide Artigo 4° da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Segundo, porque não há consenso sobre o que significa qualidade na educação! Existem muitas teorias sobre como a escola deve ensinar e como deve ser a relação entre professores e alunos, o que acaba dividindo muito as opiniões sobre educação. Algumas teorias são mais autoritárias, outras mais democráticas, outras são medianas (nem tão autoritárias, mas nem tão democráticas). Mas o que mais divide os agentes da educação é o objetivo da escola: que “tipo” de cidadão nós queremos formar?
Essa é uma pergunta difícil de responder. Há os que pretendem formar cidadãos críticos acerca da vida social e da sociedade. Mas há os que desejam formar cidadãos para manterem a ordem das coisas. Há os que defendem uma educação que não reconhece o conhecimento que o aluno traz para a sala de aula. Mas há os que acreditam numa educação que reconheça o conhecimento do aluno e que o professor seja o mediador deste conhecimento, interligando conteúdo e realidade do aluno. O aluno pode não ter o conhecimento que tem o professor, mas este aluno com certeza não é vazio de conhecimento.
Portanto, todas as vezes em que vermos as pessoas falando em educação de qualidade, devemos nos questionar o que significa esta qualidade? Significa mais professores em sala de aula? Significa mais salas de aula? Significa mais tempo em sala de aula? Significa mais salário para os professores? Significa modificar o método de ensino? Significa transformar a relação entre professores e alunos? Significa transformar todas estas coisas?
O que, afinal, é qualidade na educação?

*Educador de escola pública, estudante de Ciências Sociais pela UFRGS e militante de esquerda da Juventude Socialista-PDT.



A EDUCAÇÃO PRECISA SER DEBATIDA NAS ESCOLAS

Fábio Melo*

É comum muitas pessoas irem aos jornais transmitidos pela TV para debater sobre educação. Políticos em tempos de campanha sempre falam em educação de qualidade. Mas para você estudante de escola pública ou de cursinho pré-vestibluar o que é educação de qualidade?
Experimente fazer uma busca rápida na internet e veja que partido tem como bandeira central a educação de tempo integral. Que político brasileiro, em toda sua história de lutas, mais realizou pela educação.
Sua busca, com toda certeza irá resultar no nome de um político: Leonel Brizola. E de um partido: PDT. Nós da Juventude Socialista do PDT de Porto Alegre estamos constantemente debatendo sobre educação. Temos como modelo a educação de tempo integral, uma educação voltada para às áreas humanas, com o objetivo de formar um cidadão que tenha pensamento crítico e criativo. Que pense sua realidade e o mundo em que vive. E mais, que desenvolva inteligência e criatividade para mudar. Mas e você na sua escola? Debate a educação com seus colegas e professores? Debate com seus pais?
A juventude clama por mudança. Movimentos estão nas ruas revindcando melhorias nas mais diversas áreas. Mas a mudança que todos querem, também passa por nossas ações diárias. A educação, pode, e deve mudar. E o primeiro passo pode ser dado com o simples gesto de debater este assundo na sua escola, na sua casa, no seu bairro.
TRAGA SUAS IDEIAS PARA A JUVENTUDE SOCIALISTA DO PDT E VENHA CONSTRUIR CONOSCO A EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS!

*Historiador e militante da esquerda trabalhista da Juventude Socialista-PDT de Porto Alegre


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