O Dia 25 foi um dia marcante para todas nós mulheres. Sim. Um pedaço de nós se foi com a menina que foi vítima de estupro. Violentada por 33 homens, esses que abusavam de seu poder viril para provarem que eram filhos legítimos do patriarcado. Sim. Há quem diga que o machismo anda diminuindo, que a luta feminista é exagerada, que muitas vezes somos radicais. Será? O que é radicalismo para você, homem?
Nós, mulheres da Juventude Socialista do PDT de Porto Alegre, viemos aqui lembrar que isso é um exemplo de muitos que comprovam que a cultura do estupro está enraizada no país. Pra você que ainda não sabe, pasme: o Brasil tem um estupro registrado a cada 11 minutos. Isso mesmo. Para tornar tudo mais simbólico e trágico, Alexandre Frota deu sugestões ao Ministério da Educação recentemente - um estuprador confesso. Será que ele falou sobre machismo nas escolas?
Somente o feminismo pode mudar esse terror que vivemos. Transformando a dor em luta, como já fazemos há muito tempo. O estupro não está só no ato. É consequência de uma sociedade em que o homem oprime, inferioriza, ridiculariza e assedia as mulheres pois acredita ter total liberdade para isso. E legítima. Nós temos medo todos os dias de andarmos sozinhas nas ruas, nós não gostamos de fiufiu, nós não gostamos de piadas sexistas, nós não gostamos de sermos tachadas como o sexo frágil, muito menos de sermos julgadas pelas nossas escolhas sexuais. Nós por usarmos shortinho não estamos pedindo nada. Muito menos um estupro.
Chega de opressão! Nosso grito é por todas que vieram antes, e as que virão depois! É POR TODAS NÓS! Mexeu com uma? Mexeu com TODAS!
Que bom que não somos apenas 33, somos milhares.
Que bom que não somos apenas 33, somos milhares.
Juventude Socialista do PDT Porto Alegre
Porto Alegre, 27 de maio de 2016
Porto Alegre, 27 de maio de 2016
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