RUMOS DA ESQUERDA TRABALHISTA
Fábio Melo*
Após uma tensa campanha eleitoral que deu a
vitória a uma coalizão de centro-esquerda, com a aliança PT-PMDB,
mas que também conta com o nosso PDT, é hora da Juventude
Socialista-PDT de Porto Alegre pensar suas práticas e projetos
políticos e apontar quais as prioridades, tanto para 2015 como para
2016, ano de eleições.
O ano de 2014 está quase no fim. A Juventude de
Porto Alegre, deve ser a vanguarda partidária para a ESQUERDIZAÇÃO
do PDT. Sendo assim, devemos manter contato com outros movimentos
internos e externos ao partido. Escolas, cursinhos, ocupações,
bairros e universidade são espaços que a JS deve ocupar, não só
para agregar mas também para mostrar seu ponto de vista, seu projeto
de nação e de Estado.
As bandeiras trabalhistas estão em vários
discursos. Reforma Urbana, Agrária, Educacional são,
historicamente, as bandeiras do trabalhismo desde a década de 1960.
Agora, devemos construir a Reforma Política. É hora de mostrar que
rumos seguiremos. Nossa Juventude Socialista estará na luta.
CONTAMOS COM
VOCÊ!!!
* Historiador e
militante da JS PDT de Porto Alegre
TRABALHISMO
REVIGORADO
Ricardo
Ferreira Poersch*
Nosso
partido foi criado para ser um novo PTB. Um PTB moderno, que
retomasse o legado de Vargas e reivindicasse as reformas que não
puderam ser aplicadas por Jango. Brizola começou a formação do
novo partido em 1979 e junto com Darcy Ribeiro e outros intelectuais
adicionou ao antigo PTB um caráter mais socializante, distributivo e
democrático.
Dado
isto, queremos um PDT motivado, ativo e forte. Um PDT que saiba se
posicionar no campo da esquerda.
Para
competir ou compartilhar com força no campo da esquerda é preciso a
retomada do partido em duas questões. A primeira é ser um partido
organizado, relembrado de seus ideais, de suas propostas constantes
na carta de Mendes. Que busque o modelo nacional desenvolvimentista,
a reforma agrária, a reforma urbana, o desenvolvimento da indústria,
a recuperação da malha ferroviária, a reforma tributária, a
criação de conselhos populares, estimulando a democracia
participativa.
Mas a
modernidade partidária trouxe elementos novos. Para disputar ou
mesmo compartilhar com força em possíveis coligações da esquerda
é preciso que o PDT lute pelo turno integral. Mas não lute só por
isso. Que lute também pela distribuição de renda, por uma política
habitacional, pela distribuição do saneamento básico, pela saúde
preventiva em bairros, pela defesa do trabalhador. O PDT precisa
reafirmar que é também um partido de natureza social, só assim
conseguira disputar ou coligar com força com o partido de esquerda
hegemônico atual. A transmissão de idéias na política moderna tem
novos aspectos, que são a mobilização de massas, a participação
em movimentos sociais, a participação nas redes sociais, no
desenvolvimento de um bom marketing político, envolvendo campanha na
TV, no rádio e rua. Acho que o PDT pode melhorar nesses aspectos,
não deixando de reconhecer também o papel importante da militância.
*
Professor da rede municipal
de Porto Alegre e membro da JS PDT
“IMPÕE-SE A NOSSA DEFESA CONSTANTE DOS
POBRES CONTRA OS RICOS, AO LADO DOS OPRIMIDOS CONTRA OS PODEROSOS”
(Carta de Lisboa, 1979)
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