domingo, 1 de junho de 2014

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LANÇAMENTO DO JORNAL "FOLHA TRABALHISTA"

A Juventude Socialista de Porto Alegre, lança o jornal "Folha Trabalhista".

O jornal terá, inicialmente, publicação mensal e já inicia sua trajetória trazendo textos dos militantes Fábio Melo e Jonathan Vargas; além de 12 pontos da Juventude para um governo trabalhista - devido as eleições que se aproximam.

Confiram a primeira edição da Folha Trabalhista.


FOLHA TRABALHISTA

JORNAL DA JUVENTUDE SOCIALISTA/PDT-PORTO ALEGRE - Junho de 2014



BRIZOLA FOI EXEMPLO DE LIDERANÇA, DE VIDA E DE CIDADÃO ÍNTEGRO.

Jonathan Vargas*
Impossível falar sobre trabalhismo, legalidade, ditadura militar, Partido Democrático Trabalhista, CIEPs, Sambódromo – não que estes momentos e realizações tenham protagonizado seus únicos feitos, porém os mais emblemáticos –, sem lembrar da figura de Leonel de Moura Brizola. Após um ciclo de 10 anos que se completa da morte de nosso último caudilho (precisamente no dia 21/06/2014), cabe também a nós, da Juventude Socialista do PDT, fazermos a reflexão sobre a perda desta referência tão significativa. Afinal, o que a morte de Brizola representa para a nação brasileira?
Em tempos de Copa do Mundo e de manifestações pelo país, fica clara a grande falha atual na representatividade das nossas instituições. De maneira geral, existia uma grande expectativa de melhorias no país ao longo da evolução do período pós-­ditadura. Contudo, ainda pecamos em tantos aspectos emergentes: como da falta de priorização na formação da educação básica, no maior investimento necessário em justiça social e no oferecimento de serviços públicos com melhor qualidade – o povo justificadamente não quer somente a democracia através do voto, também quer participar e ser ouvido!
Sendo assim, os partidos e agentes políticos, mais uma vez na história, são fundamentais para modificar este quadro – devem mostrar a que vieram, por que existem(!?), uma vez que carregam enorme responsabilidade do problema sob a ótica da população – a resposta deve ser breve. Nesse sentido, fazem muita falta pessoas de atitude como Brizola, já que poucos personagens como ele resistiram aos “interésses” internacionais e não se dobraram diante dos grupos financeiros e das grandes corporações. Em seu período de governo criou-se milhares de escolas, encampou-se empresas estrangeiras, deu-se seguimento a um projeto da velha guarda desenvolvimentista, hoje esquecido. Brizola foi exemplo de liderança, foi exemplo de vida, foi exemplo de cidadão íntegro. Dentro e fora da política ainda podemos aprender com a sua trajetória.
Nós, da juventude socialista, temos a compreensão de que há muito no que progredir. Faça da sua vontade de mudança, o combustível para lutar por maior dignidade de vida às minorias, aos humildes, aos desamparados, por maior justiça social e pelo avanço das causas trabalhistas. Com a tua colaboração, a verdadeira esquerda – o Trabalhismo – renova-se e ajuda a escrever a história do Brasil.



Avante juventude!

*Bisneto de Getúlio Vargas, estudante de Direito pela PUCRS e de Políticas Públicas pela UFRGS, militante da esquerda trabalhista da Juventude Socialista de Porto Alegre.





QUE FAZER?

Fabio Melo*
Há mais de 100 anos, o líder bolchevique Vladmir Lenin escreveu um livro chamado “Que fazer?”. Nessa obra, o grande teórico da Revolução Russa esboçou críticas ao movimento social-democrata e ao movimento revolucionário. Tomo emprestado este título apenas para escrever este pequeno artigo. As realidades históricas do Russia no início do século XX e do Brasil no início do século XXI, são completamente diferentes. Proponho a reflexão dos nossos camaradas de Juventude Socialista, para a ação política. 
2014 é um ano emblemático: 10 anos sem nosso líder Leonel Brizola; 60 anos sem Getúlio Vargas, o maior estadista de esquerda do Brasil; 50 anos de golpe militar, um golpe contra o projeto trabalhista do governo Jango. 2014 iniciou com o rastro dos movimentos de junho/julho do ano passado. Creio que não só a nossa juventude organizada, mas toda a juventude do país aprendeu algo com este movimento. Independentemente das facções que participaram dos protestos, ficou claro que a organização e que as bandeiras de luta ainda estão vivas – mesmo que muitas não sejam perceptíveis a primeira vista. O que precisamos fazer é colocar nossas bandeiras na rua. É preciso estar nos lugares. É preciso ação! A copa do mundo da FIFA está nos estádios, enquanto nas ruas os rodoviários, os municipários, os professores, os sem teto e sem terra, lutam por melhores condições de vida e por justiça social. Qual o papel da nossa Juventude diante destes movimentos?
Que vamos fazer durante as eleições que se aproximam? Vamos fazer campanha como seres acéfalos, sem qualquer tipo de participação ativa? Ou vamos participar cobrando dos nossos candidatos nossas autênticas bandeiras trabalhistas? Que vamos fazer a respeito das disputas entre índios e pequenos agricultores, que deixam intatos os latifúndios improdutivos? Que vamos fazer a respeito do transporte público, que é um problema que nenhum governo projeta resolver a médio e longo prazo? Que vamos fazer em defesa da moradia daqueles que não tem um teto para chamar de seu?
São perguntas cujas respostas devem ser forjadas ao longo da caminhada, no calor da luta. Como diz um dilema zapatista: “a história não passa de rabiscos escritos por homens e mulheres no solo do tempo, os medíocres apenas leem estes rabiscos enquanto os lutadores passam o tempo todo escrevendo páginas, os excluídos não sabem escrever...ainda”. Vamos a luta Juventude!

*Historiador e militante da esquerda trabalhista da Juventude Socialista de Porto Alegre.



12 pontos para um governo trabalhista


A Juventude Socialista/PDT de Porto Alegre, tem a plena convicção de que o ano de 2014 é um ano de lutas sociais que se refletem na esfera política. As eleições, a copa, as greves, não somos alheios a estes movimentos. Muito mais do que atuantes e defensores de nossas bandeiras nesses processos, queremos também contribuir para solução dos problemas que apontamos. 

Após anos sem lançarmos um candidato ao governo do Estado, o PDT tem a oportunidade de fazer diferente com sua candidatura própria. Sabemos bem das dificuldades de qualquer governo; em tempos de “governabilidade”, ideologias são jogadas na lata do lixo!
Sendo assim, e sabendo do nosso papel atuante enquanto juventude partidária, queremos disseminar nossas propostas para um governo trabalhista.


1 – Ampliação da UERGS, oferta de mais cursos, de vagas e de estrutura predial para acomodar de forma adequada os alunos.

2 – Questão agrária. O governo deve realizar a reforma agrária no Estado.

3 – Desmilitarização da Brigada Militar e criação de unidades de segurança em cada bairro, descentralizando o serviço.

4 – Extinção da “dívida” do Estado com a União.

5 – O governo do Estado deve estar na vanguarda da luta para o municipalismo.

6 – O governo deve fazer um levantamento das escolas e construir com a Juventude um Plano Estadual de Educação, que englobe as propostas de tempo integral, ouvindo professores e sindicatos para implementar o plano, substituindo o atual “ensino politécnico”. E chamando imediatamente todos os aprovados em concurso.

7 – Pagamento imediato do piso dos professores.

8 – O governo deve reduzir salários acima de 10 mil para 5 mil. Além de propor a Assembleia Legislativa que todos os salários de cargos públicos acima de 10 mil também se reduzam. E fim de Ccs excessivos.

9 – Reestruturação da saúde pública, criando nas cidades unidades de saúde que tenham todas as especialidades e especialistas para tratamento de todas as doenças e na sua prevenção. Acabando com a “ambulanciaterapia” e “onibusterapia” e/ou seus similares.

10 – Encampação do transporte público. O Estado deve ser o único responsável pela manutenção e boa qualidade dos transportes. Evitando longas esperas em horários de pouco movimento, o que acaba elevando a demanda nos horários de grande tráfego, congestionando ainda mais o transito nestas horas.

11 – Internet livre e gratuíta em todo estado. Um passo a frente ao já aprovado marco civil.

12 – Fim da terceirização dos serviços públicos!

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