Só de Sacanagem
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam
entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo
duramente para educar os meninos mais pobres que eu,
para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus
pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e
eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança
vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança
vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o
aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus
brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao
conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e
dos justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva
o lápis do coleguinha",
" Esse apontador não é seu, minha filhinha".
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido
que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca
tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica
ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao
culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do
meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo
o mundo rouba" e eu vou dizer: Não importa, será esse
o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu
irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a
quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o
escambau.
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde
o primeiro homem que veio de Portugal".
Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente
quiser, vai dá para mudar o final!
De Elisa Lucinda
De Elisa Lucinda
Por: Leandro Camargo
Em resposta as palhaçada aonde alguns dizem que não existiu um mensalação.
ResponderExcluirA nova novela da TV Globo, “Geração Brasil”, ainda não decolou na audiência, segundo o Ibope, mas já gerou baita barulho nas redes sociais. Os internautas acusam a emissora de uma nova tentativa de manipulação. Na grafia da novela, as vogais foram trocadas por números – G3R4Ç40 BR4S1L – e muitos enxergaram na logomarca a propaganda dissimulada do PSB (40) e do PSDB (45), o que caracterizaria crime eleitoral. Em nota oficial, a emissora garantiu que “não procede em absoluto” a acusação de mensagem subliminar. “A novela trata de tecnologia e a grafia é inspirada no alfabeto ‘Leet’, uma espécie de linguagem codificada dos hackers”, alegou. Mas ninguém acreditou na desculpa – por motivos históricos e óbvios.
ResponderExcluirSegundo o site “Notícias da TV”, a logomarca da novela, que estreou em 5 de maio, “poderia ter sido ainda mais polêmica. A Globo registrou no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) o nome da novela com praticamente todas as letras substituídas por números ("G3R4Ç40 BR451L"), trocando "S" por "5" e "O" por "0". O nome foi registrado em 27 de agosto de 2013 e custou R$ 475,00”. Talvez prevendo a gritaria, e até um processo no Tribunal Superior Eleitoral, a emissora recuou parcialmente da sua jogada matreira. Mesmo assim, ainda daria para acionar o TSE contra a TV Globo por crime eleitoral. A iniciativa já estaria sendo estudada pelo PT.
Para o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, o crime eleitoral é evidente: “Já estamos acostumados com a manipulação da TV Globo. Esta, porém, foi um tiro no pé, porque as redes sociais estão desmascarando. Isso não passa de manipulação grosseira para influenciar o processo eleitoral”. No mesmo rumo, o deputado estadual Carlos Bordalo (PT-BA) denunciou que “a Globo deu um jeito de ajudar o candidato do PSDB. Incluiu um 45 estilizado no nome da nova novela das sete”. Já para o blogueiro Luis Nassif, a logomarca “Geração Brasil” não terá maiores efeitos na campanha eleitoral e aprofundará ainda mais o desgaste da desacreditada emissora. “O custo será alto”.
“Uma emissora aberta, com o alcance da Globo, não pode se colocar contra mais da metade do eleitorado brasileiro, ainda mais num momento em que ocorre uma implosão geral da audiência, fruto do avanço das TVs fechadas e da Internet. É um risco de imagem que gerações anteriores, mais sábias, não ousaram correr, mesmo quando a força do grupo era proporcionalmente muito maior... A ideia de associar o número de PSDB – 45 – à nova novela não representará nenhum reforço substancial à candidatura tucana. Mas, sem dúvida, será mais um argumento fortíssimo em favor dos que entendem a mídia como um partido político”, conclui Luis Nassif.
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